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RIO BRANCO
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POLÍTICA

Bocalom ignora críticas e nomeia equipe com figuras polêmicas

Publicado em

Foto: ac24horas

A entrevista coletiva do prefeito Tião Bocalom (PL) para apresentar parte de seu secretariado para o segundo mandato revelou uma mistura de continuidade e controvérsias. Embora Bocalom tenha enfatizado a manutenção de uma equipe eficiente e a priorização do trabalho técnico, algumas nomeações geraram debates e questionamentos.

A substituição da Secretária de Educação, Nabiha Bestene, por José Paulo de Paula Machado, interinamente, foi um dos pontos mais comentados. Bocalom evitou detalhes, atribuindo as mudanças a uma reorganização administrativa e descartando especulações. A resposta evasiva, juntamente com a declaração “o choro do surubim é normal”, em referência aos críticos, demonstra uma postura defensiva em relação às mudanças.

A nomeação de João Marcus Luz para a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos também causou polêmica, considerando seus embates anteriores com grupos minoritários e o Ministério Público. A escolha de Flaviane Agustini Stedille, nora do senador Márcio Bittar, para a Secretaria de Meio Ambiente, apesar de sua qualificação técnica, levantou preocupações devido à sua ligação com um setor frequentemente criticado por ambientalistas e ao posicionamento político do senador Bittar.

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Bocalom enfatizou a sua vitória eleitoral como um aval à sua gestão, argumentando que mudanças significativas não são necessárias. Ele negou que sua administração se baseie em acordos partidários, exceto pelo União Brasil, afirmando que prioriza a competência individual acima da afiliação partidária. No entanto, a reduzida participação do Progressistas, partido do vice-prefeito, e a ausência de maiores esclarecimentos sobre a composição final do secretariado deixam espaço para interpretações sobre a influência política na formação da equipe.

A criação da Secretaria da Mulher, ainda sem nome definido, foi anunciada como uma iniciativa simbólica para tratar de temas relacionados à juventude, mulheres e família. Embora Bocalom tenha negado problemas com minorias em sua gestão, a escolha de João Marcus Luz para a Assistência Social gera questionamentos sobre a coerência dessa afirmação.

Em resumo, a nova equipe de governo de Tião Bocalom apresenta uma estratégia de continuidade, mas as nomeações polêmicas e as respostas evasivas do prefeito geram incertezas sobre a real prioridade da gestão: o trabalho técnico ou a manutenção do poder político. A ausência de transparência em relação à composição final do secretariado e a falta de clareza sobre a estratégia para lidar com as críticas reforçam essa ambiguidade. O tempo dirá se a aposta na continuidade e na competência individual se traduzirá em resultados positivos para a população de Rio Branco.

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