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POLÍTICA

Bolsonaro acompanhará de Brasília julgamento que pode tirá-lo das eleições

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma, nesta quinta-feira (29/6), o julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que pode tornar inelegíveis o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu vice nas eleições de 2022, Walter Braga Netto. Bolsonaro acompanhará a sessão em Brasília, onde, segundo interlocutores, deve cumprir expediente no Partido Liberal.

O ex-mandatário é investigado pelos ataques que fez ao sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores, em julho de 2022. A acusação é de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Veja como foi o 2º dia do julgamento de Bolsonaro no TSE

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Nesta quinta, acontece a terceira audiência destinada ao julgamento de Bolsonaro. Os ministros devem votar se tornam inelegível a chapa de 2022.

Após não conseguir se reeleger, Bolsonaro ganhou o cargo de presidente de honra do PL, partido presidido por Valdemar Costa Neto. O ex-presidente um salário mensal igual ao de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ou seja, em torno de R$ 41,6 mil.

Conforme apurou o Metrópoles, a expectativa do partido é que o ex-presidente seja “a cara” dos candidatos que vão concorrer em 2024. Ou seja, mesmo em caso de condenação, Bolsonaro será usado como cabo eleitoral, para puxar votos. Uma força-tarefa deve ser montada para o ex-mandatário percorrer os estados considerados estratégicos para o PL; entre eles, Rio de Janeiro, São Paulo e as unidades federativas da Região Nordeste.

Antes da chegada de Bolsonaro na sigla, o PL havia conseguido eleger 33 parlamentares em 2018. O número cresceu um terço nas últimas eleições. A legenda emplacou 99 deputados e 8 senadores. Desta forma, lidera, em quantidade, as bancadas em ambas as Casas Legislativas.

O caso

O julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que pode tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível pelos próximos oito anos vai para sua terceira sessão, a ser realizada na próxima quinta-feira (29/6). Nas duas primeiras etapas, houve a leitura do relatório sobre como foram conduzidas as investigações; os advogados fizeram sustentações orais; e, nesta terça-feira (27/6), o relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, votou a favor da condenação do ex-presidente.

Gonçalves decidiu ler uma versão reduzida de seu voto, com 382 páginas, no qual listou os critérios pelos quais considerou que Bolsonaro cometeu abuso de autoridade e uso indevido de meios de comunicação em reunião realizada com embaixadores, em julho de 2022.

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Quando marcou o julgamento, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, previu três dias de discussões. A análise começou no dia 22 e deve seguir para o dia 29. Se houver a necessidade de estender o caso, o TSE pode convocar sessão extraordinária para sexta-feira, quando ocorre também o encerramento do primeiro semestre do Judiciário e começa o recesso do meio do ano.

Nesta quinta-feira (29/6), a sessão será aberta com o voto de Raul Araújo Filho. Se não houver pedido de vista, os seguintes ministros votam na sequência: Floriano de Azevedo Marques, Ramos Tavares, Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), Nunes Marques e Alexandre de Moraes, presidente do tribunal.

Só há condenação ou absolvição quando a maioria, ou seja, quatro dos sete ministros, têm a mesma opinião sobre o processo.

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