POLÍTICA
Bolsonaro desmarca jantar que ocorrerá no dia do ato pró-democracia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) desmarcou nesta quarta-feira sua presença em um jantar com grandes empresários em São Paulo agendado para o dia 11 de agosto, mesmo dia em que a Faculdade de Direito da USP vai fazer um ato em defesa da democracia.
O evento da USP será realizado pela manhã no Largo de São Francisco, no centro de São Paulo, onde fica a Faculdade de Direito da USP. O ato terá a leitura da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, organizada por juristas e pela instituição de ensino e que já conta com 711 mil adesões. Também haverá, no mesmo local, o lançamento do manifesto empresarial “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e que já conta com a adesão de entidades como a Febraban (dos bancos) e da FecomercioSP.
Bolsonaro tem atacado publicamente os dois documentos e, em um movimento visto por signatários dos textos como uma resposta aos manifestos, marcou para o mesmo dia sua participação em evento na Fiesp sobre diretrizes prioritárias para o governo, para as 16h, e o jantar agora cancelado, que seria com grandes empresários do Esfera Brasil.
Segundo o Esfera Brasil, o Palácio do Planalto não revelou o motivo do cancelamento e não há, até agora, previsão para que o encontro seja remarcado. A organização é liderada pelo empresário João Carlos Camargo e tem entre seus membros empresários como Abílio Diniz, o presidente do conselho de administração da Guararapes, Fávio Rocha, e o presidente da locadora de veículos Localiza, Eugenio Mattar.
A Fiesp tem realizado encontros com os presidenciáveis na entidade desde o mês passado. Já foram à entidade discutir propostas, por exemplo, Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe d’Avila (Novo) e Ciro Gomes (PDT). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai à entidade no dia 9 de agosto.
A participação de Bolsonaro, originalmente prevista para o dia 12, foi antecipada para o dia 11 às 16h a pedido do presidente da República após a repercussão dos manifestos em defesa da democracia. Nos bastidores, dirigentes empresariais acreditam que Bolsonaro poderá cancelar definitivamente sua participação no encontro.
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Fonte: IG Política