POLÍTICA
Bolsonaro discursa pela primeira vez após atos de vandalismo no DF
Após horas sem se pronunciar sobre os atos de vandalismo em Brasília atribuídos aos próprios apoiadores , o presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou em público, na manhã desta terça-feira (13).
Bolsonaro, que tem evitado aparecer em público após a derrota nas urnas, participou de cerimônia alusiva ao Dia do Marinheiro e Imposição da Medalha Mérito Tamandaré, no Grupamento de Fuzileiros Navais, na capital federal.
O evento foi realizado a poucos metros do local onde os atos de vandalismo aconteceram.
Bolsonaro fez um discurso protocolar e não mencionou os atos de vandalismo. Entretanto, o presidente falou sobre “comprometimento com o combate de iniciativas arbitrais”.
“Ao encerrar esta justa e merecida homenagem, reafirmo a todos os brasileiros o comprometimento da Marinha com o futuro da nossa pátria. (…) “Registro, como presidente da República, a gratidão e o reconhecimento de nossa população pelos marinheiros, fuzileiros navais e servidores civis de ontem e de hoje, que até mesmo com o sacrifício da própria vida, lutaram e sempre lutarão para impedir qualquer iniciativa arbitrária que possa vir a solapar os interesses de nosso país, mantendo o Brasil como uma nação grande, livre e soberana. Berço de povo resiliente e, acima de tudo, patriota”.
Após tentativa de invasão à PF, Brasília amanhece vandalizada
Após um grupo de bolsonaristas tentar invadir o edifício-sede da Polícia Federal na noite desta segunda-feira (12), na Asa Norte de Brasília , a região central da capital amanheceu nesta terça (13) com resquícios do vandalismo cometido.
A Polícia Militar do DF afirmou, em nota, que os atos começaram após Alexandre de Moraes, ministro do STF, determinar a prisão temporária de 10 dias de um indígena identificado como José Acácio Tserere Xavante por condutas ilícitas em atos antidemocráticos.
Os protestos foram iniciados após o final da cerimônia de diplomação do presidente eleito pelo PT, Lula. Segundo informações do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, oito carros e cinco ônibus foram queimados, além de delegacias destruídas e da tentativa de invadir o prédio da PF.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) confirmou, na manhã desta terça-feira (13), que ainda não há nenhum registro de prisão durante ou após os atos de vandalismo, que foram atribuídos a bolsonaristas radicais.