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POLÍTICA

Bolsonaro diz que determinará volta de bandeira ‘normal’ para as contas de luz em novembro

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O presidente Jair Bolsonaro discursa durante evento evangélico em Brasília Foto: Reprodução/Youtube
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que determinará ao ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, que a bandeira tarifária da conta de luz volte ao patamar “normal” a partir de novembro.

Bolsonaro afirmou que o país esteve “na iminência de um colapso” com a crise hídrica, mas celebrou as chuvas no centro-sul nos últimos dias, indicando avaliar que seria possível retirar a bandeira emergencial, que representa acréscimo na conta de luz superior ao da vermelha.

— Meu bom Deus nos ajudou agora com chuva. Estávamos na iminência de um colapso. Não podíamos transmitir pânico para a sociedade. Dói a gente autorizar o ministro Bento, das Minas e Energia: “decreta bandeira vermelha”. Dói no coração, sabemos da dificuldade da energia elétrica. Vou pedir para ele, pedir não, determinar que ele volte a bandeira normal a partir do mês que vem — disse Bolsonaro, durante um evento evangélico em Brasília.

Procurada pelo GLOBO, a assessoria do ministro Bento Albuquerque ainda não respondeu.

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Bandeira emergencial valeria até 2022

O sistema elétrico usa um sistema de bandeiras (verde, amarela e vermelha) para indicar necessidade de sobretarifa para compensar elevação dos custos de geração com o acionamento de termelétricas.

Em agosto, o governo anunciou a criação de uma nova bandeira, batizada de Escassez Hídrica, mais alta que a vemelha. Isso porque o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas obrigou um acionamento bem acima do normal de geração térmica, que é mais cara.

Inicialmente, essa bandeira valeria até abril de 2022. A taxa extra nas contas de luz subiu de R$ 9,49 para R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

O objetivo da criação foi cobrir os custos mais elevados da geração de energia por termelétricas, acionadas para substituir as hidrelétricas com reservatórios vazios

Clientes de baixa renda, no entanto, não foram afetados pela medida e seguem pagando a bandeira vermelha 2, com a taxa extra de R$ 9,49 para cada 100 kWh consumidos.

Procurada pelo GLOBO, a assessoria do ministro Bento Albuquerque ainda não respondeu.

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