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POLÍTICA

Bolsonaro e outros envolvidos no caso das joias depõem na PF

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete outros investigados no caso da suposta venda ilegal de joias e presentes sauditas nos Estados Unidos (EUA) depõem na Polícia Federal em Brasília. Bolsonaro chegou ao local por volta das 10h50 desta quinta-feira (31/8). A PF convocou uma série de depoimentos simultâneos para esclarecer a participação do clã Bolsonaro e evitar a combinação de declarações dos envolvidos.

Além do ex-presidente Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, depõem nesta quinta:

  • Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações;
  • Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro;
  • Marcelo Câmara, assessor especial de Bolsonaro e coronel da reserva do Exército;
  • Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Cid e general da reserva; e
  • Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro e tenente do Exército.

Wassef é o único que não está em Brasília. O depoimento dele é feito por meio de videoconferência a partir da PF de São Paulo. O pai de Mauro Cid veio do Rio de Janeiro. Eles chegaram quase ao mesmo tempo no prédio de Brasília.

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Os depoimentos são tomados em sete salas separadas na capital federal e mais uma em São Paulo para Wassef. Há pelo menos um delegado e um escrivão para ouvir cada um dos investigados. Ou seja, são no mínimo 16 integrantes da PF direcionados para isso, além de outros agentes que cuidam da segurança.

Bolsonaro também deporia sobre a acusação de disseminação de fake news. Na quarta (30/8), porém, a defesa do ex-presidente disse ao Metrópoles que solicitou o adiamento da oitiva — que foi aceito pelo delegado responsável pelo caso —, alegando que não foi possível terminar de ler os “autos volumosos” e que só teve acesso a eles na segunda (28/8).

O caso das joias de Bolsonaro

A Operação Lucas 12:2 investiga o destino de presentes entregues ao então presidente Jair Bolsonaro durante visitas oficiais. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), os itens devem ficar no acervo da União, e não no acervo pessoal do ex-mandatário.

Veja presentes de Bolsonaro negociados pelo pai de Mauro Cid em Miami

Em 11 de agosto, aliados e auxiliares de Bolsonaro foram alvos de ação da PF no caso das joias. São eles: o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, o ex-ajudante de ordens e tenente-coronel Mauro Cid, o advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef e o segundo-tenente Osmar Crivelatti.

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