POLÍTICA
Bolsonaro se isenta de culpa pela inflação e aponta prefeitos e governadores como responsáveis
No primeiro dia de agenda oficial, nesta quarta-feira (26), após quase uma semana sem compromissos públicos, numa espécie de luto pela morte de sua mãe, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se isentar da responsabilidade pela crescente inflação no Brasil, que fechou 2021 com aumento de 10,06%. Na conversa tradicional com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada, ele voltou a depositar a culpa prefeitos e governadores que, ao longo da pandemia, adotaram medidas para frear a disseminação da Covid-19 e assim, segundo presidente, teriam comprometido a economia e contribuído para o índice inflacionário.
“Fizemos o possível com o auxílio emergencial. Vencemos em 2020 e em 2021. Só que as consequências do ‘fique em casa’ estão aí: inflação, aumento de combustível. Não sou o malvadão. É injusto botar a culpa em mim”, afirmou o presidente.
Levantamento da Trading Economics, plataforma que analisa os dados históricos e as projeções de quase 200 países, demonstra que a inflação brasileira é a 3ª pior entre as nações do G-20. O monitoramento leva em conta o índice acumulado em 12 meses e coloca em xeque o discurso de Bolsonaro.