Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

POLÍTICA

Braga Netto pediu pessoalmente dispensa de licitação para compra suspeita, diz jornalista

Publicado em

Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente em 2022 na chapa de Jair Bolsonaro (PL), pediu, pessoalmente, uma autorização ao Tribunal de Contas da União (TCU) para adquirir coletes à prova de balas para o Estado do Rio de Janeiro, sem licitação de preços.

Na ocasião, Braga Netto era interventor federal na segurança do Estado. As informações são da jornalista Daniela Lima, da GloboNews.

A compra dos itens desencadeou operação da Polícia Federal nesta terça,12, contra integrantes do gabinete de Intervenção Federal no Rio, após suspeitas de que essa aquisição foi superfaturada.

Continua depois da publicidade

A documentação, obtida pelo blog, descreve a tentativa do ex-interventor de obter autorização para realizar compras sem a necessidade de licitação durante sua atuação no Rio.

Nesse documento, ele menciona explicitamente a urgência em adquirir mais de 8 mil coletes à prova de balas que estavam prestes a vencer. Essa é a compra que, de acordo com as autoridades, desencadeou a operação realizada hoje.

À época, Braga Netto justificou ao TCU que “a exemplo da necessidade pontual apresentada pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, [há a] de reposição de 8.571 (oito mil quinhentos e setenta e um) coletes balísticos, por término do prazo de validade, a partir de outubro de 2018. O uso desse material bélico é de importância vital para o agente de segurança pública em serviço, tendo em vista a grande quantidade de armamento pesado (fuzil), atualmente, utilizado por criminosos”.

“O colete balístico é um produto controlado e de uso restrito às Forças Armadas e Policiais. Além de implicar em longo processo de habilitação e qualificação de fornecedores, requer um criterioso e lento processo de teste de amostra sem laboratórios credenciados, quanto à resistência balística (ensaios destrutivos), afim de mitigar riscos inerentes às condições perigosas ou inseguras para o usuário”, completou Braga Netto no requerimento enviado ao órgão.

O TCU, por sua vez, concordou que a intervenção era um momento excepcional. No entanto, o órgão ressaltou que a excepcionalidade não livraria o gabinete do interventor de seguir os “princípios da economicidade e transparência”.

“Não se pode olvidar de que seja comprovada a compatibilidade dos preços contratados por dispensa de licitação com os praticados no mercado. Essa é a jurisprudência do TCU para os demais casos de dispensas de licitação listados”, diz acórdão da corte.

Continua depois da publicidade

O TCU, então, reabriu a apuração sobre a transação após as autoridades dos EUA alertarem o governo brasileiro de que havia indícios de conluio entre o gabinete de Braga Netto na intervenção federal e a empresa escolhida para a venda dos coletes à prova de balas.

 

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress