POLÍTICA
Brasil tem feito ‘esforço monumental’ a três dias do tarifaço de Trump, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o vice-presidente Geraldo Alckmin está fazendo um “esforço monumental” para conversar com representantes do governo dos Estados Undios para evitar a taxação de 50% sobre os produtos do País. A tarifa está prevista para começar em 1º de agosto.
“Ontem mesmo houve uma conversa mais longa, a terceira e mais longa conversa que tiveram. Eu acredito que eu não estou muito fixado na data, porque se nós ficarmos apreensivos com ela, nós podemos inibir que a conversa transcorra com mais liberdade, com mais sinceridade entre os dois países”, afirmou o ministro a jornalistas em Brasília nesta terça-feira, 29.
Haddad destacou os esforços da parte brasileira, afirmando que não existe obstrução nos canais de comunicação entre os EUA e o Brasil, e que o caminho está sendo preparado para que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump negociem diretamente.
“Eu já liguei para o [Scott] Bessent, já me reuni com o Bessent na Califórnia. O Alckmin já falou três vezes com o [Howard] Lutnick. O Mauro [Vieira, chanceler] está lá, tem oito senadores lá. Quando os dois chefes de Estado vão conversar, tem uma preparação antes, para que não seja uma coisa que subordine um país ao outro”, defendeu Haddad. Scott Bessent é o secretário do Tesouro dos EUA e Howard Lutnick é o secretário do Comércio.
Caso os EUA mantenham a sobretaxa, o governo brasileiro preparou um pacote de medidas como resposta. Segundo Haddad, o pacote já foi enviado ao presidente Lula e ele deve decidir o que vai ser adotado.
“Eu não sei qual é o cenário que o presidente vai optar. Por isso que eu não posso adiantar as medidas que vão ser anunciadas por ele”, disse.
“Quem vai decidir a escala, o montante, a oportunidade, a conveniência e a data é o presidente. Então, nós não estamos fixados nessa data de 1º de agosto. Porque nós temos uma relação que tem que ser restabelecida e vai ser feita com a maior dignidade possível”, complementou o ministro.
