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POLÍTICA

Candidata a vereadora na Bahia cobra pix após afirmar que comprou 1.000 votos e recebeu apenas 27 nas urnas

Publicado em

Urna eletrônica Foto: Filipe Araújo/Estadão / Estadão

A cidade de Oliveira dos Brejinhos, no interior da Bahia, foi alvo de uma história polêmica na última semana. A candidata a vereadora Geni do Carvão (PSD) teria supostamente enviado áudios no WhatsApp para grupos da região, com cobrança de pix por votos não recebidos nas urnas na eleição de outubro.

“Gente, usa de bom senso, dói na consciência de vocês. Vocês pegaram o meu dinheiro e não votou [sic] em mim. Devolva meu dinheiro, por favor, vou passar meu pix aqui. Quem tiver Deus no coração que devolva meu dinheiro”, disse a mulher em áudio divulgado pela Folha.

Em outro áudio supostamente enviado a uma amiga, a mulher afirmou ter comprado 1.090 votos, ma só recebido menos de 5% disso.

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“Pensa num lugar desgraçado, de gente bandida, ladrão, chama-se Oliveira dos Brejinhos e regiões circunvizinhas. (…) Eu gastei centro e poucos mil, comprei 1.090 votos. Falei, sempre tem um ladrão, bandido, falso, safado, pode me falsear, me roubar, mas eu calculei que tinha uns 900 votos. Você acredita que só tiver 27 votos?”, declarou.

Segundo a Folha, Geni do Carvão informou na prestação de contas ter recebido R$ 10 mil do fundo eleitoral do PSD. Ela comunicou ter gasto metade do valor em aluguel de veículo e outra com uma cabo eleitoral. O município, de 20.000 habitantes, elegeu 11 vereadores, que tiveram de 481 a 965 votos.

“Não é feliz quem fez isso comigo. Já tô feliz já em parte. Uma bandida que pegou meu dinheiro já pegou fogo na casa dela ontem. Ela ligando pedindo ajuda, eu falei: ‘Vai para o inferno degraçada, cê nem para ter morrido dentro dela, bandida’. Graças a Deus, Deus já tá castigando. Quem mexer comigo, minha filha, mexeu com Jesus. Porque eu sou 100% Jesus”, disse em outra suposta gravação.

O deputado federal Sérgio Brito (PSD-BA) foi o responsável por repassar a cota do fundo eleitoral à candidata. Ele afirmou conhecer a mulher, mas disse que não sabia da história ou da existência dos áudios. “Eu, como deputado do PSD, indiquei para todos os meus municípios. Como eu não tinha recurso para os homens, eu resolvi indicar para todas as mulheres de todos os municípios em que eu sou votado”, contou.

 

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