Exportações
No primeiro ano de Lula como presidente, as exportações do Brasil para a China somaram US$ 4,5 bilhões. Em 2022, o montante foi quase 20 vezes maior, de US$ 89,4 bilhões. Veja a evolução:
A Flourish chart
Os principais produtos exportados pelo Brasil para a China no ano passado foram na indústria extrativa: minério de ferro e seus concentrados (com 20% de participação no total) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos (18%). Na agropecuária, a exportação brasileira de soja contribuiu com 36%. Já carne bovina fresca, refrigerada ou congelada representou 8,9% das exportações.
Os demais produtos contribuíram com menos de 5%.
Importações
Em 2003, o Brasil importou mais de US$ 2,1 bilhões em produtos asiáticos, passando para US$ 15,9 bilhões em 2009 (ano em que se tornou primeira parceira comercial do Brasil), até chegar em quase US$ 60,7 bilhões no ano passado.
A Flourish chart
Válvulas e tubos termiônicas foram os produtos mais importados da China pelo Brasil em 2022, com 11% de participação do total de itens comprados do país asiático. Na sequência, aparecem compostos orgânicos-inorgânicos, com 8,2% de participação, e equipamentos de telecomunicações, com 6,8%.
Interesses chineses
Como explicado pelo colunista do Metrópoles Rodrigo Rangel, o gigante asiático corteja o Brasil, maior país da América Latina, para ser seu aliado estratégico também no que chama de redefinição do panorama geopolítico global – uma forma razoavelmente sutil de tratar sua ousada ofensiva para rivalizar com os Estados Unidos pelo posto de maior potência política e militar do planeta no século 21.
Em sua primeira agenda em Xangai, primeira parada no país, Lula fez um discurso se contrapondo à hegemonia americana – a dita “aproximação estratégica” do país asiático com o Brasil, a ser selada no encontro que o brasileiro terá nesta sexta-feira com o presidente Xi Jinping em Pequim, tem sido usada pelos chineses como parte desse plano (entenda aqui).