POLÍTICA
Com apoio de outros chefes de Estado, Lula reforça posição sobre Palestina na ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros líderes globais estão reunidos neste momento, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, para discutir a situação da Palestina. Lula participa da Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados começou, que começou às 15h.
Convocada pela França e pela Arábia Saudita, a reunião ocorre sob expectativa de que mais países reconheçam a Palestina como Estado, segundo o Itamaraty. No domingo, 21, os primeiros-ministros do Reino Unido, Keir Starmer; do Canadá, Mark Carney; e da Austrália, Anthony Albanese, anunciaram formalmente o reconhecimento.
As declarações condenaram as ações de Israel em Gaza, que deixaram dezenas de milhares de mortos, incluindo civis. Os comunicados também responsabilizaram o grupo islâmico Hamas pelo ataque de outubro de 2023, quando centenas de pessoas foram mortas ou sequestradas em Israel, nas proximidades da Faixa de Gaza. Os três líderes afirmaram que o Hamas não deve integrar o futuro Estado palestino.
Lula embarcou para os Estados Unidos acompanhado por sete ministros: Mauro Vieira (Relações Exteriores), Camilo Santana (Educação), Marina Silva (Meio Ambiente), Márcia Lopes (Mulheres), Jader Barbalho (Cidades), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública).
A expectativa era de que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também fizesse parte da comitiva. Além da Assembleia Geral, ele havia sido convidado a participar da conferência internacional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Porém, a viagem foi cancelada. Após a liberação do visto em prazo considerado demorado, o governo americano impôs restrições que limitavam sua circulação a cinco quarteirões em Nova York. Na semana passada, Padilha anunciou que desistiria da viagem, atribuindo a decisão às medidas impostas pelos Estados Unidos.
Outro ausente foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele optou por permanecer no Brasil diante da possibilidade de o Congresso votar, nesta semana, o projeto que trata da isenção do Imposto de Renda. Questionado por jornalistas, Haddad afirmou que a permanência em Brasília ocorreu “em virtude dessa possibilidade”.
