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POLÍTICA

Com placar adverso no TSE, Bolsonaro afirma: “Não acabou o jogo ainda”

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Mesmo com um placar adverso – 3 x 1 pela inelegibilidade – no julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra ele, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se nega a jogar a toalha. “Não acabou o jogo ainda, tá?”, reagiu Bolsonaro, na noite desta quinta-feira (29/6), no Rio de Janeiro.

A quarta sessão do julgamento ocorrerá nesta sexta-feira (30/6), durante a cerimônia de encerramento do primeiro semestre do Judiciário, marcada para começar às 12h. Até agora, quatro dos sete ministros votaram. O relator do caso, Benedito Gonçalves, e os ministros Floriano Marques e André Tavares se posicionaram pela inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos e absolvição de Walter Braga Netto, que foi vice na chapa pela reeleição do ex-presidente em 2022. Já Raul Araújo votou para absolver Bolsonaro.

Os próximos a votar, nesta sexta, são Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), Nunes Marques e Alexandre de Moraes, presidente do tribunal. Ou seja, faltando apenas um voto para se confirmar a inelegibilidade de Bolsonaro até o ano de 2030, as chances de uma virada no placar são remotas.

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Porém, o ex-presidente recorreu a uma metáfora futebolística para justificar tamanho otimismo. “Eu já vi o Palmeiras 3 e Vasco 0 no primeiro tempo e no segundo foi 4 a 3 pro Vasco”, ressaltou, relembrando a virada histórica do time carioca sobre o paulista na final da Copa Mercosul de 2000, quando o vascaíno Romário, atual senador e bolsonarista, marcou três vezes.

“Num julgamento justo, como disse o ministro André Mendonça [do Supremo Tribunal Federal], é 7 a 0. Nem 7 a 0. Não devia nem ser recebida a representação do PDT. O PDT, o [Carlos] Lupi que sempre defendeu o voto impresso, inspirado no Leonel de Moura Brizola”, emendou Bolsonaro.

Acusações contra Bolsonaro

O ex-presidente é investigado pelos ataques que fez ao sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores, no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. A acusação é de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

A ação em análise é de autoria do PDT. A legenda alegou que o ex-presidente atacou, no evento com embaixadores, o TSE, o Supremo Tribunal Federal (STF) e seus ministros, e afirmou, novamente sem apresentar qualquer prova, que os resultados das eleições gerais de 2022 proclamados pela Justiça Eleitoral não seriam confiáveis.

Além disso, o PDT também argumenta que houve violação ao princípio da isonomia entre as candidaturas, configurando abuso de poder político o fato de a reunião ter ocorrido na residência oficial da Presidência da República e ter sido organizada por meio do aparato oficial do Palácio do Planalto e do Ministério das Relações Exteriores.

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