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POLÍTICA

COP29: Marina Silva cobra financiamento internacional para combater a crise climática

Publicado em

Na 29ª Conferência do Clima da ONU (COP29), a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, destacou em seu discurso no pavilhão brasileiro em Baku, Azerbaijão, a importância crucial de novas metas de financiamento para auxiliar os países em desenvolvimento no combate à crise climática. A ministra ressaltou que sem apoio financeiro internacional, as metas de redução de emissões de CO₂ e o combate ao desmatamento dificilmente sairão do papel.

“O indicador de sucesso dessa COP, para além de tantos temas que estão postos aqui, com certeza está nos mecanismos de financiamento, sem os quais aquilo que nós anunciamos virá apenas enunciado”, afirmou Marina. “Sem os meios de implementação não haverá como tirá-los da teoria para a prática”.

A ministra enfatizou ainda os progressos recentes na Amazônia, onde a redução de 45% no desmatamento nos últimos dois anos evitou a emissão de 400 milhões de toneladas de CO₂. Apesar desse avanço, ela ressaltou que atingir a meta de desmatamento zero e reduzir a produção de gases de efeito estufa em outras nações em desenvolvimento depende do comprometimento dos países ricos em alocar os recursos necessários.

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“O Brasil apresentou uma NDC extremamente ousada. Nós vamos sair de 2,2 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente para buscar aquela meta de 850 milhões de toneladas de CO₂ equivalente em 2035”, apontou a ministra.

Marina também instou as nações desenvolvidas a apresentarem NDCs mais robustas antes da próxima conferência, a COP30, que ocorrerá em Belém, no Pará.

“A COP30 em Belém é a COP da implementação, a COP dos resultados que não são apenas do Brasil. É preciso que o mundo inteiro tenha NDCs igualmente ambiciosas”, disse ela.

“É preciso que a gente faça o mapa do caminho para a transição para o fim do uso do combustível fóssil e que a gente faça o mapa do caminho para o fim do desmatamento”, afirmou a ministra.

O discurso de Marina evidenciou uma posição ambígua do Brasil, que se compromete com o desmatamento zero para 2030, mas, ao mesmo tempo, avalia a expansão da exploração petrolífera na região da Foz do Amazonas. O Ministério de Minas e Energia, que apoia essa iniciativa e busca uma autorização do Ibama, não teve representantes na conferência.

 

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