Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

POLÍTICA

CPI sobre atos criminosos no Distrito Federal começa nesta quinta-feira

Publicado em

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, durante entrevista coletiva sobre a Operação Eleições 2022 no segundo turno.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), marcou para esta quinta-feira (2) os primeiros depoimentos com testemunhas e investigados nos atos criminosos do dia 8 de janeiro, em Brasília.

A partir das 10h, serão ouvidos o ex-secretário executivo de Segurança Pública do DF (SSP-DF), Fernando de Souza Oliveira, que estava à frente da pasta com a ausência do titular Anderson Torres, e Marília Ferreira Alencar, que era subsecretária de inteligência da SSP-DF.

Continua depois da publicidade

Documentos aos quais a CNN teve acesso mostram que a intenção dos deputados distritais é questionar os depoentes sobre suas relações com o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Além de demonstrar que a Secretaria de Segurança Pública não teria repassado informações suficientes para a Polícia Militar do DF e para o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), sobre as reais ameaças ao patrimônio público e à democracia durante os atos criminosos.

A CNN apurou ainda que a oposição ao governador Ibaneis na Casa – que é minoria e tem entre seus representantes alguns deputados do PT e do PSOL – acredita que os depoimentos podem mostrar a responsabilização do ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Com isso, automaticamente, seguir com a linha de que os atos de janeiro teriam como pano de fundo uma tentativa de Bolsonaro de impedir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de governar.

Continua depois da publicidade

Há ainda, segundo deputados ouvidos pela reportagem, uma tentativa dos demais parlamentares da CLDF de responsabilizar Anderson Torres pelos atos, com o intuito de favorecer Ibaneis, que ainda mantém uma maioria dentro do Casa. Uma outra ala dentro da Câmara Distrital também tem tentado blindar a Polícia Militar do DF, que tem entre seus membros acusados de terem favorecido criminosos durante a depredação das sedes dos Três Poderes.

Na quarta-feira (1º), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou a soltura de Anderson Torres que está preso preventivamente desde o dia 14 de janeiro. Na CPI da CLDF, há previsão de que Torres preste depoimento no dia 9 de março.

No dia 8 de janeiro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes dos Três Poderes e destruíram o patrimônio público. Desde então, diversos poderes prometem punir e investigar os culpados. No DF, a Câmara Legislativa já criou uma CPI que deve começar a funcionar na semana que vem.

Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement