Crise na Câmara de Rio Branco: Vereadores correm risco de despejo por falta de pagamento de aluguel

Rio Branco, AC – A Câmara Municipal de Rio Branco enfrenta uma crise com o atraso no pagamento dos aluguéis dos gabinetes dos vereadores. A denúncia foi feita pelo vereador João Paulo (Podemos) na última terça-feira (16), que afirmou ter sido “despejado” do gabinete alugado pela Câmara devido à falta de pagamento por parte da Mesa Diretora, presidida pelo vereador Joabe Lira (UB).

Segundo João Paulo, a situação se tornou insustentável, mesmo após ele ter arcado com os custos do próprio bolso nos primeiros meses. “Infelizmente, fui informado que tenho que deixar o local junto com minha equipe. Eu atendo pessoas, reúno equipes, eu quero meu gabinete. Estou insatisfeito e é vergonhoso o que está acontecendo”, desabafou o vereador, que integra a base do prefeito Tião Bocalom.

O vereador Fábio Araújo (MDB) também se manifestou, cobrando providências da Mesa Diretora. Ele revelou que o aluguel de seu gabinete referente ao mês de agosto não foi pago e que poderá deixar o imóvel caso a situação não seja resolvida. “Eu peço providências ou vou deixar o prédio também”, declarou Araújo.

Em resposta às denúncias, o presidente da Câmara, Joabe Lira, justificou que a situação está atrelada ao cumprimento de exigências legais e a um termo de ajustamento de conduta firmado com o Ministério Público. “Temos que cumprir o termo de ajustamento de conduta firmado com o Ministério Público, e sabemos que esse termo torna o processo burocrático”, explicou Lira.

A crise expõe um impasse na gestão dos recursos da Câmara Municipal e levanta questionamentos sobre a prioridade dada ao pagamento das despesas dos vereadores. A situação causa instabilidade no trabalho parlamentar e prejudica o atendimento à população, que fica sem acesso aos seus representantes.

A falta de pagamento dos aluguéis também coloca em risco a imagem da Câmara Municipal, que pode ser vista como negligente com suas obrigações financeiras. A crise exige uma solução rápida e transparente por parte da Mesa Diretora, a fim de garantir o bom funcionamento da Casa e evitar maiores prejuízos à população de Rio Branco.