POLÍTICA
Deltan Dallagnol joga a toalha e dá seu mandato por perdido
Ex-coordenador da Lava Jato, com o mandato de deputado federal cassado na semana passada pelo Tribunal Superior Eleitoral, Deltan Dallagnol, 43 anos, foi visto, ontem à noite, passeando pelos corredores da Câmara. Até votou contra a aprovação da proposta do governo sobre as novas regras fiscais.
É o que se chama “visita da saúde”. Há prazos e ritos a serem cumpridos no Congresso quando um parlamentar é cassado pela Justiça. E falta cumprir alguns deles para que Dallagnol perca o gabinete, as chaves do gabinete, os funcionários que o cercam, o broche de deputado que carrega no paletó, e retorne a Curitiba.
Ele diz acreditar que seus colegas vão peitar a decisão do tribunal. Ou que o Supremo Tribunal Federal poderá anulá-la, dando-lhe razão. Engana-se, ou tenta enganar os outros. O Supremo não o fará, tampouco a maioria dos deputados. Dallagnol sempre foi mal visto pelos que reclamam da demonização da política.
Não só ele, é claro, mas também os demais procuradores da Lava Jato e seu líder máximo, o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (Podemos-PR). Cassado foi, cassado permanecerá por 8 anos, Dallagnol sabe. E, por isso, jogou a toalha ao partir para o ataque contra os ministros que o julgaram. O que ele disse: