Deputada alerta: Inércia do governo pode levar o Acre à ruína

A situação dos produtores rurais acreanos, impactados por operações na Reserva Extrativista Chico Mendes, transcende os limites da zona rural e ameaça o futuro socioeconômico de todo o estado. Em um discurso contundente na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a deputada Michelle Melo (PDT) alertou para um cenário catastrófico: o colapso econômico e o agravamento da fome, consequências diretas da crise no setor produtivo.

A deputada não poupou críticas ao governo estadual, argumentando que a falta de regulamentação de uma lei estadual, elaborada após seis meses de debates parlamentares com a participação de deputados como Pedro Longo (PDT), Eduardo Ribeiro (PSD) e Edvaldo Magalhães (PCdoB), demonstra a falta de prioridade dada à questão. Essa omissão, segundo Michelle, resulta em um descaso com a população rural, que vive sob a constante ameaça de invasões e destruição de suas propriedades.

A parlamentar traçou um quadro alarmante: a insegurança alimentar crescente e o aumento do desemprego, culminando em um Acre “fantasmagórico”, assombrado pela pobreza e pela fome. A responsabilidade, segundo ela, é compartilhada entre o governo do Estado, a Secretaria de Meio Ambiente e o IMAC, que não podem se eximir de buscar soluções urgentes para o problema.

Michelle Melo enfatizou a necessidade de um equilíbrio entre a preservação ambiental e a sobrevivência das famílias que dependem da floresta para viver. Sua defesa intransigente da vida dessas famílias contrasta com a inércia do governo, que, segundo a deputada, ignora o sofrimento e a insegurança diária dos produtores rurais. A deputada defende a preservação ambiental, mas enfatiza que a vida e o sustento dessas famílias devem ser prioridade, exigindo respeito e ações concretas do governo para garantir a sua sobrevivência e o futuro do Acre. O apelo é por uma solução imediata e eficaz para evitar um colapso socioeconômico irreversível no estado.