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POLÍTICA

Deputado de SP afirma que tentou defender irmã durante agressão em feira ilegal de animais

Publicado em

O deputado estadual Rafael Saraiva (União Brasil) foi agredido no último domingo, 21, enquanto acompanhava uma operação contra uma suposta feira ilegal de animais na Zona Leste de São Paulo. Além dele, duas veterinárias de uma ONG, sendo uma delas sua irmã, também foram agredidas. Para defender a familiar, ele deu um ‘mata-leão na agressora’. O caso é investigado.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Operação Rotten Peach foi deflagrada pela Polícia Civil e apreendeu 65 filhotes de cachorros em situação de maus-tratos. Os animais eram ofertados ilegalmente para venda em feiras da Vila Carmosina e Hamburguesa.

Ao todo, 16 pessoas são investigadas pela suposta prática ilícita. As autoridades chegaram até os locais após denúncias de ‘feira livre’ na avenida Jacu Pêssego. Durante a ação, os policiais abordaram um homem e uma mulher que tentavam negociar dois filhotes. Eles foram encaminhados à delegacia.

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Já na praça Doutor Agostinho Bettarello, os investigadores flagraram aproximadamente 15 barracas. Foi justamente neste local que teria ocorrido a agressão, segundo o Estadão.

O parlamentar e as duas profissionais que atuam no instituto Eu Luto Pela Vida, entidade de proteção animal, acompanhavam os policiais.

Saraiva foi agredido na cabeça por uma mulher, e a veterinária Marina Passadore recebeu golpes na nuca enquanto retirava uma caixa de transporte com animais de dentro do porta malas de um veículo.

Imagens exibidas pelo Metrópoles mostram o momento em que o deputado dá um mata-leão em uma mulher que o agrediu momentos antes e foi para cima de Vitória Penna, sua irmã, que tentou defendê-lo, mas acabou virando alvo.

“Quando eu levava uma das últimas caixas de transporte, uma criadora entrou no meio gritando, quebrou a alça da caixa e me puxou pelo cabelo. Eu caí no chão e ela começou a bater em mim com a alça da caixa de transporte”, explicou ao site.

O parlamentar aparece nas imagens agarrando a mulher pelas costas e imobilizando-a, para que ela soltasse a veterinária. “Eu fui salvar a minha irmã. Em nenhum momento, houve agressão da minha parte, e sim [a tentativa de] cessar a agressão injusta que minha irmã estava sofrendo no ambiente de trabalho dela”, afirmou.

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Em seu Instagram, Saraiva postou um vídeo informando que estava com as duas profissionais no Instituto Médico Legal (IML) para o exame de corpo de delito.

Segundo ele, alguns dos criadores foram até a Assembleia Legislativa (Alesp) nesta segunda, 22, para tentar denunciá-lo no Conselho de Ética. “Bateram de porta em porta nos gabinetes dos deputados para alegar uma agressão da minha parte. Estão fazendo de tudo para esconder o que de fato houve, que foi agressão e espancamento da parte deles, e minimizar a cadeia clandestina de venda de animais que eles têm”, alegou.

Operação

Enquanto a polícia realizava a operação, os suspeitos tentaram fugir com os animais, mas foram detidos e os cães resgatados. Os animais seriam separados para a venda prematuramente, sofriam com a falta de cuidado, exposição ao sol, superlotação em espaços pequenos e permanência excessiva dentro de carros e caixas plásticas, configurando maus-tratos.

“Os cães contavam com menos de 120 dias, o que leva a presumir que houve o desmame prematuro. A expressiva maioria, se não todos, não ostentavam os exigidos comprovantes de vacinação. E,por fim, nenhum dos animais estava esterilizado, nem tampouco microchipados”, diz a nota da SSP.

 

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