POLÍTICA
Deputado diz que servidores da Educação foram ‘golpeados’ pelo governo do Acre
A educação volta a ser pauta para os deputados estaduais, mesmo sem a presença de manifestantes. O deputado estadual Edvaldo Magalhães, por exemplo, durante discurso na Assembleia Legislativa do Acre nesta quarta-feira, 19, voltou a defender a reestruturação da tabela da Educação. O parlamentar disse que é hora do governo do Acre acabar com o “lero-lero” e devolver aos trabalhadores os direitos retirados em dezembro de 2021.
“Os recursos existem. Golpearam a Educação. Na campanha, fizeram uma mea culpa e disseram que em janeiro, depois da eleição, iam reestruturar o plano e até agora não fizeram. Tenho certeza de que a Educação saberá resistir. É preciso acabar com esse lero-lero”, disse Edvaldo Magalhães.
O parlamentar lembrou também que há quase um ano foi apresentado o projeto de decreto legislativo, pelo deputado Eduardo Ribeiro, que visa sustar uma carona, ou seja, uma adesão a uma ata do governo do Maranhão, de R$ 24 milhões. A matéria ainda não foi ao plenário, e Edvaldo pediu à Mesa Diretora que a coloque em votação.
“Vai fazer um ano que aqui foi denunciado. Deputado Eduardo Ribeiro apresentou um projeto de decreto legislativo que até hoje encontra-se engavetado. Fica todo mundo dizendo: ‘tem que fortalecer a indústria local’. Nós temos que fortalecer as indústrias locais e o secretário Aberson Carvalho na carona, a carona da corrupção. Dizendo que em seis meses fariam licitação para cobrir os contratos com as empresas locais e até hoje não concluíram as licitações e estão com a empresa do Maranhão”, pontuou o parlamentar.
A deputada estadual Michelle Mello também não deixou barato, ela disse que “É importante não confundirmos fiscalização com perseguição” e frisou que seu trabalho é buscar melhorias que contribuam com o desenvolvimento do Estado, e a Educação é um ponto de partida.
“É quase crime deixar nossas crianças em escolas sem uma mínima infraestrutura,” disse a deputada Michelle Melo, escancarando a fragilidade e o que ela classificou como ‘falta de prioridade do secretário de educação’ para demandas essenciais da pasta, como manutenção estrutural em escolas e o tratamento destinado aos servidores.
Na ocasião, Michelle usou dois exemplos que apresentam um total descaso por parte da Secretaria de Educação, o primeiro é o da escola Monte Videl, localizada no ramal do Itimary da Transacreana, e o segundo é o da escola Márcio Bestene, na Cidade do Povo. Ela mostrou um vídeo no telão, mostrando as denúncias.
“Nós estamos indo às escolas, fiscalizando e quero mostrar para vocês a real situação. Estamos encontrando tetos sem forro, banheiros interditados, falta de ventilação adequada, necessidade de melhores condições para o transporte escolar e o que escutamos quando conversamos com os servidores das escolas é que a gestão já sabe do problema, mas a falta de prioridade do secretário faz com que a estrutura esteja assim,” detalhou a parlamentar.