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POLÍTICA

Deputado questiona desativação do setor de Nefrologia da Fundhacre: “Muito esquisito”

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Desativado logo após a última eleição, o setor de Nefrologia da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) vem gerando controvérsias. Em discurso nesta terça-feira (22), o deputado Edvaldo Magalhães afirmou que “tem algo muito esquisito” acontecendo.

“Tem algo muito esquisito, para ser brando nas palavras, tem um negócio sendo estruturado no tocante aos pacientes da Nefrologia. A Assembleia não vai poder fugir desse debate de forma mais aprofundada. Pela primeira vez, ao longo de todos os anos, estou assistindo ao usuário defender radicalmente o SUS, dizendo: ‘Eu não quero ser atendido pela rede privada porque o atendimento que eu tenho na Fundação é melhor’. E tem algo que é preciso ser publicado. Esquisito demais. Como é que se pega patrimônio público e se leva esse patrimônio público para o setor privado? Quer dizer que estou entregando o patrimônio público para o privado? Não pode ser entregue para ninguém sem autorização legislativa”, questionou.

O Na Hora da Notícia entrou em contato com alguns pacientes da Nefrologia, que também afirmaram que “alguém deve estar sendo beneficiado”. Segundo os pacientes, a informação repassada foi de que o aumento dos valores dos insumos teria sido a motivação para a desativação do serviço na Fundação.

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“Segundo eles, na reunião, o rapaz que fornece o insumo para lavar as máquinas, as soluções que usam, queria aumentar o preço, e eles não conseguiram manter o contrato e continuar comprando. Aí pegaram os pacientes e jogaram metade para a Clínica do Rim e metade para a Clínica Renal”, disse um usuário do sistema, que prefere não se identificar.

Segundo os pacientes, o problema não está na transferência de um local para o outro, mas na forma como esses pacientes estão sendo atendidos.

“Jogaram os pacientes de qualquer jeito. Ninguém perguntou se havia um horário melhor, pois os pacientes que estão no terceiro turno saem muito tarde. Mas essa situação envolve muito dinheiro, e tem gente ganhando em cima dos doentes”, diz o paciente.

Ainda durante seu pronunciamento, Edvaldo insistiu: “Como é isso? Alguém pode explicar isso do ponto de vista da economicidade? Alguém consegue explicar isso do ponto de vista da transparência? Cadê esse contrato? Cadê a cláusula que diz: eu entrego o patrimônio do Estado e eu pago o valor da tua tabela? Tem servidor da nossa Fundação que atua na Nefrologia indignado e pedindo socorro. Essa é uma luta que precisa ser travada. Isso não pode passar em branco. Isso não pode ser escondido, abafado”, ressaltou.

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