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POLÍTICA

Deputado repudia nota do CRM do Acre e defende a qualificação dos enfermeiros

Publicado em

Em uma recente controvérsia envolvendo a prática da enfermagem no Acre, o deputado Adailton Cruz (PSB), autor da Lei que permite enfermeiros realizarem suturas simples em casos de pronto-atendimento, criticou duramente a nota divulgada pelo Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM/AC). Na nota, o CRM anunciou que havia ingressado com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a referida Lei, alegando que a medida poderia comprometer a segurança da população.

Adailton Cruz, que também é enfermeiro, classificou o posicionamento do CRM como “calunioso e depreciativo”. Ele ressaltou que a ação do conselho busca induzir a sociedade a acreditar que os enfermeiros são profissionais desqualificados. “Repudiamos veementemente a fala caluniosa e depreciativa da diretoria do CRM/AC. Essa manifestação pública tenta passar a ideia de que os enfermeiros, que são devidamente qualificados e graduados, são incapazes e colocam a vida da população em risco”, afirmou o deputado.

O parlamentar também criticou o discurso do CRM, considerando-o “corporativista e excludente.” Segundo ele, alegar que a atuação dos enfermeiros em suturas simples representa um risco à saúde é, na verdade, uma tentativa de deslegitimar a profissão e prejudicar a assistência à população. “Dizer que enfermeiros colocam a saúde da população em risco é uma narrativa que visa apenas desestabilizar a classe e limitar o acesso a cuidados essenciais”, destacou.

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Adailton Cruz ainda acrescentou que a diretoria do CRM não possui legitimidade para propor tal ação, citando que o próprio Conselho Federal de Medicina já tentou, sem sucesso, retirar na Justiça Federal atribuições da enfermagem. Ele defendeu a importância de reconhecer a qualificação dos profissionais de enfermagem e a necessidade de um diálogo construtivo entre as categorias.

Confira a nota abaixo:

Inicialmente nós, profissionais de Enfermagem repudiamos a fala caluniosa e depreciativa da diretoria do CRM AC, que tenta induzir a sociedade por meio de manifestação pública que os Enfermeiros, profissionais devidamente qualificados e graduados nos bancos de universidades, são desqualificados e colocam a vida da população em risco.

Isso é uma inverdade descabida e desarrazoada que ataca frontalmente a imagem da maior força de trabalho do sistema de saúde do país e a própria saúde pública. Fato que já passamos para a assessoria jurídica a fim de impetramos ação coletiva por danos morais a Enfermagem Acriana.

A própria diretoria sabe que o CRM não possui legitimidade para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade- ADI, e mesmo assim faz uma manifestação pública afirmando que o fez o que não pode e nem tem competência para fazer, fato que reforça que sua atuação neste caso está bem distante da verdade.

Terceiro ponto a realização de sutura por Enfermeiros é ato já pacificado, previsto na Lei Federal 7.498/86, é regulamentado pela Resolução COFEN 731/2023.

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Dizer que o Enfermeiro coloca em risco a saúde da população por realizar uma sutura simples, é na verdade apenas um discurso corporativista e excludente, que tentam massificar, cujo o único objetivo é prejudicar a classe e assistência a nossa população.

Todos os Enfermeiros saem da universidade devidamente qualificados, e são responsáveis por contribuir diretamente com a saúde da população e a sustentabilidade de todo o SUS, em todos os seus níveis de complexidade do menor ao maior, de um posto de saúde nos locais mais distantes aos maiores e mais complexos centros de especialidades.

Atendermos diretamente mais de 70 milhões de brasileiros anualmente.

A lei estadual 4.405/24, que regulamenta a realização de suturas simples por Enfermeiros no âmbito do estado, além de trazer mais segurança, será primordial para garantir a população atendimento mais ágil, de qualidades, principalmente nos locais mais remotos, reduzindo o tempo de espera em mais de seis horas, o que certamente reduzir e muito os riscos de complicações e hospitalização em nosso estado.

Por fim, reafirmamos que não iremos permitir que atos corporativistas, sem fundamento, que visam não só prejudicar a assistência ao nosso povo, mas atacar a imagem da Enfermagem acriano, que jamais se propaguem ou prospere.

Nosso compromisso é garantir uma assistência segura a sociedade e resguardar o exercício da Enfermagem Acriana.

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