Com seu nome desgastado pela CPI da Covid, o ex-ministro Eduardo Pazuello tem sido aconselhado a disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, em vez de tentar Senado. O general admite a aliados que vai concorrer a um cargo no Congresso em 2022, provavelmente pelo Rio de Janeiro, mas que está em dúvida a qual posto se candidatar.
Interlocutores de Pazuello e integrantes do governo Bolsonaro não acreditam nas chances de o general se eleger para o Senado, já que haverá apenas um nome escolhido por Estado.
O militar é um dos indiciados no relatório da CPI da Covid, que atribuiu cinco crimes a Pazuello: causar epidemia com resultado em morte, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação e comunicação falsa de crime, todos do Código Penal Brasileiro. Pazuello também acusado de cometer crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos.
A avalição de pessoas próximas ao general que o orientam sobre sua estratégia jurídica é que os problemas do ex-ministro, o mais longevo na pasta da Saúde na pandemia, não se encerram com o fim da CPI. O material será entregue ao Ministério Público do Distrito Federal e há a expectativa de que o órgão abra uma investigação contra Pazuello com base no documento.
O general se comprometeu com o comando do Exército a ir para reserva da Força até o fim deste ano. Assim, também faz mais um movimento que o libera a se candidatar.