POLÍTICA
‘Deveria ser menos internet e ser mais chefe de estado’, diz Lula ao criticar Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas ao mandatário norte-americano, Donald Trump, e afirmou que o republicano “deveria ser menos internet e mais chefe de Estado”, em referência à postura dele durante o conflito Israel-Irã.
“E nesse mundo conturbado, um mundo em que você tem um presidente com uma nação do tamanho dos Estados Unidos, que deveria primar pelo discurso, deveria pensar o que falar, deveria ser menos internet e mais chefe de Estado, deveria pensar mais em livre comércio, deveria pensar mais no multilateralismo, deveria pensar muito mais na paz. O que é que a gente vê todo santo dia na imprensa? A necessidade de uma desgraçada de uma manchete”, disse Lula durante evento em Brasília nesta quarta-feira, 25.
Em sua fala, o presidente petista também estabeleceu um paralelo entre a conduta do líder republicano e a de Jair Bolsonaro (PL), evitando mencioná-lo nominalmente. “Nós já tivemos presidente assim e vocês sabem que já tivemos”, acrescentou ele. “Ou seja, o que menos interessa é a verdade, o que menos interessa é o interesse do país, o que mais interessa são interesses escusos, pequenos”.
A fala de Lula ocorreu durante a cerimônia “Combustível do futuro chegou: E30 e B15”, no Observatório Nacional da Transição Energética, na sede do Ministério de Minas e Energia.
No evento, o governo federal anunciou que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou o aumento dos percentuais de biocombustíveis nos combustíveis fósseis: a mistura de etanol na gasolina subirá de 27% para 30% a partir de 1º de agosto, enquanto a parcela de biodiesel no diesel mineral aumentará de 14% para 15%.
As medidas foram tomadas após o conflito militar entre Irã e Israel. O Irã está entre os maiores produtores mundiais de petróleo, refinado para a produção de combustíveis fósseis.
Nesta terça-feira, 24, os dois países do Oriente Médio confirmaram o cessar-fogo após ataques dos Estados Unidos ao território iraniano. No entanto, Trump não descartou a possibilidade de novos conflitos entre as nações no futuro.
