POLÍTICA
Disputas internas em quatro estados ameaçam federação entre PP e União Brasil

As negociações para a formação de uma federação entre o Partido Progressista (PP) e o União Brasil, embora em andamento, enfrentam um impasse significativo em Acre, Bahia, Pernambuco e Paraíba. O principal entrave reside em disputas internas entre lideranças regionais das duas siglas, que dificultam a consolidação de um acordo que, segundo as regras do TSE, precisa ser registrado seis meses antes das eleições de 2026.
No Acre, a disputa é particularmente acirrada em função da sucessão estadual. O PP, liderado pelo governador Gladson Cameli, teria o comando da federação no estado, mas a ambição da vice-governadora Mailza Assis (PP) e do senador Alan Rick (União Brasil) pela vaga de governador gera atritos. O apoio declarado de Cameli a Mailza dificulta ainda mais a possibilidade de Alan Rick ser o candidato da federação.
A Folha de S.Paulo destaca que a proposta inicial previa o controle do PP em diversos estados, incluindo Acre e Pernambuco, beneficiando lideranças nacionais como Ciro Nogueira e Arthur Lira. No entanto, a resistência interna, especialmente por parte de membros do União Brasil como o próprio Alan Rick, compromete essa divisão. Rick busca a candidatura ao governo do Acre pelo União Brasil, partido que, segundo a reportagem do Valor Econômico, teria o comando em outros estados como Bahia, Ceará e Amazonas. Nove estados teriam um comando compartilhado.
A federação exige um compromisso de quatro anos, e a urgência de registrar o estatuto antes do pleito de 2026 aumenta a pressão sobre as negociações. A resolução dos conflitos em Acre, Bahia, Pernambuco e Paraíba é crucial para a concretização da federação entre PP e União Brasil. Caso as divergências não sejam superadas, a aliança pode não se concretizar, impactando significativamente o cenário político nesses estados e nacionalmente.
