POLÍTICA
Eduardo Bolsonaro diz que Trump não vai recuar: ‘Se tudo der errado, estaremos vingados’

Eduardo Bolsonaro concedeu entrevista na noite desta sexta-feira, 18, horas após o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ser alvo de um mandado de busca e apreensão. Ao encerrar a conversa com a CNN Brasil, o deputado federal licenciado afirmou que estará vingado, caso “tudo dê errado”.
“Espero que Deus ilumine a cabeça das autoridades brasileiras, principalmente da elite econômica, que tem muito poder, para que façam pressão nas pessoas corretas, notoriamente Alexandre de Moraes, e a gente consiga mudar esse cenário atual. Dos Estados Unidos, não falo em nome de ninguém, mas posso garantir: não haverá recuo. Se tudo der errado, pelo menos, nós estaremos vingados”, disse ao se despedir dos jornalistas.
Ao longo da conversa, o filho de Bolsonaro destacou que os Estados Unidos não vão reconhecer as eleições do próximo ano sem a participação do ex-presidente, que está inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para atacar o sistema eleitoral.
“Para quem acompanha minimamente os posicionamentos dos Estados Unidos, consegue enxergar esse cenário facilmente. Eles não reconheceram a eleição na Venezuela por quê? María Corina Machado não pôde participar, a principal líder da oposição. A eleição brasileira tem tudo para ser esse tipo de eleição. Os Estados Unidos não vão reconhecer. O Trump já falou que o Jair Bolsonaro está sofrendo uma perseguição. Ele é uma pessoa honesta”, continuou.
Nesta sexta, Bolsonaro foi alvo de operação da Polícia Federal e de medidas restritivas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Após a operação, ele afirmou que é alvo de perseguição política por parte do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
No mesmo discurso, o ex-presidente declarou ‘não ter dúvidas’ de que será condenado e preso no processo sobre tentativa de golpe de Estado.
O que diz a defesa do ex-presidente
Por meio de nota enviada ao Terra, a defesa do ex-presidente afirmou que “recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário. A defesa irá se manifestar oportunamente, após conhecer a decisão judicial.”
O PL também destacou que repudia a operação e que recebeu a notícia com estranheza. Segundo a legenda, a ordem do STF seria “desproporcional, sobretudo pela ausência de qualquer resistência ou negativa” por parte de Bolsonaro. O comunicado é assinado pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
