POLÍTICA
Eduardo Bolsonaro perde mandato de deputado federal e diz que passagem pelos EUA “valeu a pena”

A perda do mandato de deputado federal de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi oficializada nesta quinta-feira (18) pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), com publicação no Diário Oficial da Casa. O parlamentar, que vive no autoexílio nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano, acumulou 59 ausências não justificadas a sessões deliberativas do plenário — ultrapassando o limite permitido pela Constituição, que prevê a perda do cargo para quem se ausentar de mais de um terço das sessões.
Em declarações, Eduardo minimizou a decisão e destacou que sua estadia nos Estados Unidos foi positiva. “Ainda que haja quem diga que estou aqui por opção, eu afirmo: valeu a pena e valeu muito a pena ter conseguido, pela primeira vez, levar consequências reais para esses ditadores”, disse ele. O parlamentar classificou a perda do mandato como uma “medalha de honra” e garantiu que “essa história não acabou”, lembrando que durante a eleição de 2022 pediu votos para outros candidatos do PL em São Paulo para formar uma bancada maior.
A decisão de Motta não contou com o aval de todos os integrantes da Mesa Diretora da Câmara. Foram substituídos por suplentes e não assinaram a medida: Altineu Côrtes (PL-RJ), primeiro vice-presidente; Elmar Nascimento (União-BA), segundo vice-presidente; Sergio Souza (MDB-PR), quarto secretário; e Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), quarto suplente.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), informou nas redes sociais ter sido comunicado da decisão às 16h40 por telefone de Motta. “Trata-se de uma decisão grave, que lamentamos profundamente e que representa mais um passo no esvaziamento da soberania do Parlamento”, criticou o líder do partido.
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