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POLÍTICA

Eduardo Bolsonaro se manifesta após Trump elogiar Lula na ONU

Publicado em

Vinicius Schmidt/Metropoles

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu, nesta terça-feira (23/9), ao discurso do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, na abertura da 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no qual o norte-americano elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo Eduardo, a fala do presidente norte-americano combinou “firmeza estratégica” com “inteligência política”.

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Na tribuna da ONU, Trump comentou que falou com Lula, que os dois se abraçaram e que devem conversar na semana que vem para discutir as tarifas impostas ao Brasil. Eles tiveram um encontro breve quando Lula, que discursou antes de Trump, saiu do plenário.

“Para quem conhece as estratégias de negociação de Donald Trump, nada do que aconteceu foi surpresa. Ele fez exatamente o que sempre praticou: elevou a tensão, aplicou pressão e, em seguida, reposicionou-se com ainda mais força à mesa de negociações. Ontem mesmo, sancionou a esposa do maior violador de direitos humanos da história do Brasil, um recado claro e direto”, declarou Eduardo Bolsonaro em publicação no X.

Segundo o deputado, que está nos Estados Unidos e é considerado personagem principal na negociação de sanções norte-americanas a autoridades brasileiras, a postura de Trump reafirma “sua genialidade como negociador”.

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“Ele entra na mesa quando quer, da forma que quer e na posição que quer. Enquanto isso, outros líderes, como Lula, assistem impotentes, sem qualquer capacidade real de influenciar o jogo global. Na verdade, Lula agora é que está na obrigação de aproveitar a rara oportunidade de sentar-se com Trump e com a difícil missão de extrair algo de positivo nesta mesa”, afirmou.

Trump também mencionou as tarifas que seu governo impôs aos produtos brasileiros, chamando-se de “pesadas”, e citou que o Brasil está “indo mal” e só sairá de tal posição se trabalhar com os EUA.

“O Brasil agora enfrenta tarifas pesadas, em resposta aos seus esforços sem precedentes para interferir em direitos e liberdades dos nossos cidadãos americanos e de outros, com censura, repressão, armamento, corrupção judicial e perseguição de críticos políticos nos Estados Unidos”, disse o norte-americano.

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Trump elogia Lula

Em aceno, e em meio a risadas, Trump disse que gosta de Lula e que “só faz negócios com gente de quem ele gosta”.

“Eu estava aqui e, ao entrar, encontrei o líder do Brasil. Eu falei com ele, nós nos abraçamos, e as pessoas dizendo: ‘Dá para acreditar nisso?’. Nós concordamos que vamos nos encontrar na próxima semana. Não tivemos muito tempo para falar aqui, foram cerca de 20 segundos, mas nós conversamos”, declarou Trump.

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Trump seguiu: “Ele parece um homem muito agradável, eu gosto dele e ele gosta de mim. E eu gosto de fazer negócios com pessoas que eu gosto. Quando eu não gosto de uma pessoa, eu não gosto, mas tivemos ali esses 30 segundos ali, foi uma coisa muito rápida, mas foi uma química excelente. Isso foi um bom sinal”, disse Trump, já no fim de seu discurso.

O discurso do petista foi carregado de críticas ao que chamou de “ataques sem precedentes” contra as instituições brasileiras – um dia depois de o governo Trump ampliar as sanções contra o Brasil em retaliação contra a condenação de Jair Bolsonaro (PL).

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