POLÍTICA
Eduardo chama Moraes de ‘gangster’ e ‘mafioso’ e diz que condenação de Bolsonaro pode aumentar rol de sancionados pelo EUA

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reafirmou nesta segunda-feira, 8, que caso se confirme a tendência de condenação por tentativa de golpe do seu pai, Jair Bolsonaro (PL), ele continuará atuando nos Estados Unidos para que o governo dos Estados Unidos aumente a pressão sobre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Seguiremos trabalhando para aumentar as pressões sobre o STF. As eventuais condenações de Jair Bolsonaro, General Braga Neto, dentre outros atores do governo Jair Bolsonaro, nesse golpe da Disney, pode aumentar o rol de sancionados dentro da Suprema Corte”, disse Eduardo em entrevista ao Poder360.
Na entrevista, o deputado ainda voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação que apura golpe de Estado. “Alexandre de Moraes, dobrando a aposta [no julgamento], certamente vai para o buraco […]. E, conhecendo um pouquinho da conduta dele, ele vai fazer isso no melhor estilo gangster, no melhor estilo mafioso”, disse Eduardo.
Nesta semana, a 1º Turma vai iniciar a votação que pode condenar Bolsonaro e os outros réus a mais de 30 anos de prisão. Foram reservadas as sessões dos dias 9,10,11 e 12 de setembro para finalização do julgamento.
“Nossas ações aqui nos Estados Unidos nunca buscaram reverter essa questão da condenação do presidente Jair Bolsonaro. Se isso ocorresse, seria uma grande surpresa”, acrescentou Eduardo Bolsonaro.
O julgamento começou na semana passada, quando foram ouvidas as sustentações das defesas do ex-presidente e dos demais acusados, além da manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, favorável à condenação de todos os réus.
Pesam contra os acusados a suposta participação na elaboração do plano “Punhal Verde e Amarelo”, com planejamento voltado ao sequestro e assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Também consta na denúncia da PGR a produção da chamada “minuta do golpe”, documento que seria de conhecimento de Jair Bolsonaro e serviria para a decretação de medidas de estado de defesa e de sítio no país para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse de Lula. A denúncia também cita o suposto envolvimento dos acusados com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
