POLÍTICA
Educadores ameaçam greve por falta de acordo com o governo
Dezenas de trabalhadores da educação do Acre lotaram a frente da Casa Civil na manhã desta terça-feira, 8, para exigir do governo estadual uma posição com relação à proposta sobre reformulação do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) da categoria, além de outras demandas. Os profissionais prometem retomar a greve, caso não haja contrapartida do estado.
“Nós já trabalhamos a reformulação do PCCR, já entregamos a nossa proposta de tabela e até agora eles não deram a resposta. Nós temos o acordo judicial de que eles deveriam ter cumprido isso em 20 de dezembro e não cumpriram”, disse a professora Rosana Nascimento, representante da classe.
Os trabalhadores pedem a proposta que negociaram durante todo o ano de 2021. “Vamos fazer uma Assembleia Geral na próxima sexta-feira e até lá se não tiver uma proposta, vamos retomar a greve”, declara Nascimento.
O acordo judicial informa que o governo iria pagar R$ 420 à categoria já neste mês de janeiro, ajustando as tabelas, reformulando o PCCR e com reposição inflacionária de 2020 e 2021. “Só que não cumpriu ainda nenhum, porque discutiu o caso, mas não entregaram proposta, que deveria ter feito até 20 de dezembro”.
Os trabalhadores garantem já estarem pagando dias letivos da greve de 2021, mas que se não fizerem essa pressão no governo agora, devem ficar 2022 também sem receber, pois é ano eleitoral e têm apenas até 5 de abril para fazer o movimento. “O momento é agora pra receber a proposta do acordo judicial. Vamos fazer uma ação coletiva por danos morais, pedindo ainda multa por falta de acordo, movendo ação do piso do magistério, porque tem que ter diferença do nível médio e superior”, ressaltam.
Rosana destacou que a situação é uma falta de respeito. “Tem dinheiro sim, comprovado com abono salarial, que mostrou que cada servidor da educação deveria receber aumento de quase mil reais. Eles não têm compromisso com a educação”, finalizou a professora.