POLÍTICA
Eleições Municipais no Acre: Mulheres em destaque com média de 48 anos e 63% casadas
As eleições municipais deste ano no Acre trazem à tona a participação feminina nas candidaturas a prefeitas, revelando dados que destacam a realidade das mulheres na política local. Segundo um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), apenas oito cidades do estado têm mulheres concorrendo ao cargo de prefeita, o que reflete uma disparidade significativa em comparação com outras regiões do Brasil.
Entre as candidatas estão Rosana Gomes, em Senador Guiomard; Sara Frank, em Capixaba; Leila Galvão, em Brasileia; Jéssica Sales, em Cruzeiro do Sul; e Néia, em Tarauacá. Essas mulheres têm, em média, 48 anos e apresentam um perfil educacional interessante: 88% delas possuem ensino superior completo. Além disso, 63% são casadas e 25% se identificam como brancas. Um dado relevante é que 25% das candidatas já ocupam o cargo de prefeita e buscam a reeleição.
Um estudo adicional realizado pelo jornal A Tribuna, com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral, aponta que há cerca de 800 mulheres candidatas no Acre nesta eleição. No panorama nacional, a CNM revela que apenas 15% dos candidatos a prefeito são mulheres. Esse número varia entre os estados: enquanto Roraima e Rio Grande do Norte apresentam cerca de 25% de candidaturas femininas, estados como Rio Grande do Sul e Espírito Santo têm apenas 10% e 7%, respectivamente.
Em termos regionais, a participação feminina nas eleições é de 18% no Nordeste, 17% no Norte, 15% no Centro-Oeste e diminui para 13% na região Sudeste e Sul. Entre as ocupações mais comuns entre as mulheres candidatas estão prefeita (14%), empresária (8%) e advogada (8%). Para o total de candidaturas, as principais funções se mantêm semelhantes, mas a posição de empresário (16%) supera a de prefeito (13%).
Esses dados evidenciam não apenas os desafios enfrentados pelas mulheres na política, mas também o potencial crescente para uma maior representatividade. A participação feminina nas eleições é fundamental para promover uma democracia mais inclusiva e refletir a diversidade da sociedade.