POLÍTICA
Eleito presidente, Lula promete concursos e reajuste a servidores
Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, foi eleito presidente da República neste domingo, 30. Ele realizará a sua terceira gestão à frente do Executivo Federal de 2023 a 2026.
Folha Dirigida procurou a Assessoria de Imprensa de Lula para verificar as propostas para o serviço público e novos concursos. Porém, não foi enviado um pronunciamento oficial.
Em sabatina do Correio Braziliense no dia 27 de outubro, Lula sinalizou que quer fazer mais concursos e reajustar o salário dos servidores federais.
“Nós vivemos, hoje, um Brasil em que os servidores públicos não receberam nenhum reajuste de salário desde 2017. É uma coisa absurda. Então o povo quer mudar”, destacou o presidenciável.
Lula respondeu que é preciso investir em áreas cruciais como Saúde e Educação. Para isso, será preciso contratar mais funcionários e melhorar o salário dos professores.
“É preciso fazer concurso público para contratar mais gente, para fazer melhor atendimento. É preciso colocar mais dinheiro na saúde, na educação”.
No dia 23 de junho, durante entrevista à Rádio Difusora do Amazonas, Lula citou a importância de fazer concurso na Polícia Federal para a chegada de novos policiais, principalmente nas fronteiras:
“Porque, primeiro, precisamos saber qual será o papel do Exército. Porque embora o Exército não tenha papel de polícia, é preciso que a gente discuta para saber qual o papel do Exército ao cuidar das nossas fronteiras. Segundo, qual o papel da Polícia Federal. Ou seja, a Polícia Federal precisa fazer concurso, precisa ter mais policiais, porque precisamos de mais gente ocupando nossas fronteiras”, disse o presidente eleito.
Em seu plano de governo chamado “Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil 2023-2026”, encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula garante cotas em concursos.
É assegurada “a continuidade das políticas de cotas sociais e raciais na educação superior e nos concursos públicos federais, bem como sua ampliação para outras políticas públicas”.
Lula também já defendeu publicamente a necessidade de uma Reforma Administrativa. Em evento, em agosto, com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo, o presidente eleito defendeu um equilíbrio na máquina pública.
“Eu acho que nós vamos ter que fazer uma reforma administrativa, sim. Eu acho que é preciso, você tem pouca gente ganhando muito e tem muita gente ganhando muito pouco. É preciso tentar fazer um equilíbrio e aí vamos ter que pensar direitinho, e aqui já tem experiência de mundo, já temos 13 anos de governo, tem muito governo de estado, muita gente preparada nessa coisa administrativa para a gente sentar e dar uma repensada no Brasil. É preciso fazer”, afirmou Lula.