Em entrevista, Alan Rick diz que Acre tem ‘ciclo vicioso’ que ameaça servidores com perda de emprego

Para quem ainda tinha dúvida de que o candidato ao Senado Alan Rick (União Brasil) não está em sintonia com a candidatura do governador Gladson Cameli (Progressistas), a última pá de cal sobre essa possibilidade foi lançada na tarde desta quarta-feira, 21, pelo próprio candidato, em entrevista ao programa Gazeta Entrevista, da TV Gazeta.

De acordo com Alan Rick, o que o governador e seus aliados políticos estão fazendo é continuar estimulando o chamado ‘voto de cabresto’, cuja ameaça de perder o emprego é a que prevalece.

“Tem que acabar com o voto de cabresto: esse ciclo vicioso que o povo acreano não se liberta. Dessa tentativa de usar a política como cabresto. ‘Vota no candidato do governo porque, se não, você vai perder o emprego’. Tem que acabar com isso, minha gente”, afirmou Alan, no programa de três blocos comandado pelo jornalista Itaan Arruda.

Mas, apesar dos anúncios constantes de Gladson nos programas eleitorais, de que o seu candidato ao Senado é Ney Amorim (Podemos), não há quaisquer indícios de perseguição por parte dele a qualquer servidor, como tenta fazer crer o candidato do União Brasil.

Tanto é que Alan Rick tem obtido o apoio de lideranças dentro do próprio partido do governador – e também em outros setores do Governo do Estado, incluindo alguns impulsionadores não-oficiais de plantão de Gladson Cameli nas redes sociais.

Mais adiante, Alan Rick dispara: “Tem que acabar com isso [com perseguição], minha gente. Nós temos que ter liberdade para o nosso povo. E quando o governo não atrapalha, ele já ajuda. Quando o governo não tem entraves, ele já ajuda o empresário a trabalhar”.

Como exemplo de que na opinião de Alan, o governo Gladson é ineficiente, ele citou o que classificou de “demora excessiva para a liberação das licenças ambientais” quando da segunda fase de implantação do Linhão de Energia no Acre. Segundo Alan Rick, a Casa Civil, “que são os que pensam o governo”, não dá suporte aos secretários.

O candidato do União Brasil também classificou o agronegócio no governo Gladson como algo de faz de conta. Conforme Alan Rick, o “agronegócio não pode ser só uma retórica. [O setor] tem que avançar muito ainda”.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de ser colega de Senado de Marcio Bittar, já que ambos são do mesmo partido, mas adversários ferrenhos um do outro, Alan Rick resumiu tudo na seguinte frase: “Essas questões devem ser resolvidas”.