Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

POLÍTICA

Em manifesto, juristas expressam ‘extremo desconforto’ com homens cotados para vaga no STF

Publicado em

Mais de 60 advogadas e juristas assinaram um manifesto em que expressam o “extremo desconforto” em ver nomes masculinos sendo apontados como favoritos para ocupar a vaga da ministra Rosa Weber, no Supremo Tribunal Federal (STF), em outubro, e pontuam que isso é um retrocesso. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo.

“Há juristas no país com destacada produção acadêmica, projeção nacional e internacional, atuando nas universidades e desenvolvendo importantes trabalhos em prol dos direitos humanos e da democracia. Não há, portanto, ausência de valorosos nomes femininos para ocupar uma vaga no STF. Importante, ainda, considerar que as mulheres são maioria na sociedade brasileira, e não há representação democrática concreta se elas não são consideradas”, diz um trecho do manifesto.

O documento também questiona: “Será que ainda há espaço, nessa quadra da história, para aceitarmos que se naturalize o fato de homens continuarem a preencher, majoritariamente (e com larga vantagem numérica), os espaços que as mulheres já demonstraram, fartamente, competência para ocupar?”.

Continua depois da publicidade

Segundo a coluna, o manifesto será entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após ser pressionado publicamente por movimentos sociais, o mandatário passou a considerar a possibilidade de indicar uma mulher para o STF.

Uma das articuladoras do documento é a jurista e professora da PUC-RJ Gisele Cittadino, que também integra o grupo Prerrogativas e foi uma das primeiras a questionar, juridicamente, a prisão de Lula. Na época, ela inclusive abriu a sua casa para estudos e discussões sobre o caso do petista.

Ao jornal, Cittadino afirma que já sinalizou para Lula que não deseja ocupar a vaga, mas que faz questão de se juntar ao coro para pedir que uma mulher seja escolhida.

“Se por acaso o presidente pensar diferente e nomear um homem, para colocar uma mulher [nessa vaga] no futuro não vai ser fácil”, disse Cittadino. “Tanto que até hoje só tem três mulheres ministras em toda história do Supremo. Isso é horrível”, acrescenta.

A jurista citou três nomes que considera ótimas opções: Ana Cláudia Pinho, promotora de Justiça do Ministério Público do Pará; Simone Schreiber, desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região; e Sayonara Grillo, desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região.

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress