Em Rio Branco, Marina Silva diz que enchentes já são reflexos das mudanças climáticas

Rio Branco e os demais municípios acreanos que enfrentam inundações nos últimos dias, com a elevação das águas de rios, igarapés e córregos e que já atingem pelo menos cem mil pessoas, fazem de uma lista de pelo menos 1.500 de todo o país que já sofrem com o fenômeno das mudanças climáticas. O mesmos problemas enfrentados agora no Acre foram vivenciados em São Sebastião e Bertioga, no litoral paulista, durante o Carnaval, em fevereiro, e a tendência é que o fenômeno se espalhe pelo resto do país com algumas mudanças. Enquanto em São Paulo e na Amazônia os problemas são pelo excesso de chuva, no Rio Grande do Sul e em outros estados da região é por escassez de água.

O alerta foi feito na manhã deste domingo (26) em Rio Branco pela ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, que está no Acre sobrevoando áreas alagadiças da capital e dos municípios de Xapuri, Epitaciolândia e Brasiléia, no Alto Acre, que também enfrentam os problemas. Marina Silva está acompanhada do também ministro Waldez Góes, da Integração Regional, com o qual desembarcou neste domingo, por volta das 7h50min, de um jato da FAB (Força Aérea Brasileira), acompanhada de assessores e técnicos do governo federal enviados ao Acre pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No sobrevoo em Rio Branco e nos municípios do Alto Acre, os dois ministros estão acompanhados do governador Gladson Cameli e do prefeito Tião Boclom, que os receberam ainda na pista do aeroporto internacional “Plácido de Castro”. Depois de uma entrevista coletiva que durou 26 minutos ainda no saguão do aeroporto, na qual falaram e em os dois ministros, o governador e o prefeito e em que os jornalistas não puderam fazer perguntas, os quatro embarcaram num helicóptero para o sobrevoo. A agenda previa uma descida da aeronave em Brasiléia, para visitar um abrigo erigido pela prefeita Feranda Hassem.

Os ministros retornam ainda hoje e param em Manaus, capital do Amazonas, onde as chuvas e enchentes já causaram a morte de pelo menos oito pessoas nos últimos dias, revelou o ministro Walde Góes. Em Rio Branco, registrou Tião Bocalom, não houve registro de nenhum óbito. Os técnicos da Defesa Civil Nacional e do Meio Ambiente devem permanecer no Acre avaliando os danos para enviarem relatórios da situação para Brasílai. Os técnicos estão visitando abrigos nesta manhã em Rio Branco.