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RIO BRANCO
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POLÍTICA

‘Estou inconformado! O que mais posso dizer?’, reage Valdemar após prisão domiciliar de Bolsonaro

Publicado em

Foto: Beto Barata/PL

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, publicou uma declaração curta nesta segunda-feira (4/8) em reação à decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Estou inconformado!!!!! O que mais posso dizer?”, postou em uma rede social como nota oficial do partido diante da determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, também se manifestou sobre a prisão do pai. Em nota, ele ataca o ministro Alexandre de Moraes, autor da decretação de prisão. “Um psicopata descontrolado que jamais hesitaria em dobrar a aposta”, afirmou. “Alexandre de Moraes é agora um violador de direitos humanos oficialmente sancionado, e nós permaneceremos inabaláveis”, completou.

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Também filho de Bolsonaro, o senador Flávio (PL-RJ) afirmou que a determinação do ministro é uma “vingança pelas sanções da lei Magnitsky” aplicadas a ele pelos Estados Unidos no último dia 30.

“Ou nós colocamos um freio em Alexandre de Moraes, ou o Brasil irá para um vala cada vez mais vexaminosa”, declarou à CNN Brasil. O senador disse, ainda, que as manifestações desse domingo (3/8) teriam irritado o ministro. “Ficou incomodado com a demonstração de afeto e carinho para Jair Bolsonaro dada ontem em todo o Brasil”, declarou. Ele ainda classificou o ministro como “inimigo público” do ex-presidente.

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Moraes decreta prisão domiciliar de Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes decretou prisão domiciliar para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo descumprimento de medidas cautelares anteriormente impostas a ele. A determinação de prisão também prevê outras restrições, e o ministro ameaça converter o regime domiciliar em preventivo se Bolsonaro descumprir as regras determinadas.

Moraes proíbe Bolsonaro de receber visitas sem autorização da Corte e impede que ele mantenha contato com autoridades estrangeiras. O despacho exige ainda à Polícia Federal (PF) o recolhimento imediato de todos os celulares do ex-presidente. A prisão domiciliar ocorre no âmbito do inquérito que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos e as suspeitas dos crimes de coação, obstrução e abolição do Estado democrático de direito que recaem sobre ele.

No dia 18 do mês passado, o relator dessa ação, Alexandre de Moraes, impôs um pacote de restrições a Jair Bolsonaro, entre elas o monitoramento por tornozeleira eletrônica e a obrigação de se resguardar em domicílio no período noturno. Três dias depois, Bolsonaro descumpriu as medidas e, no dia 24, recebeu um alerta do Supremo Tribunal Federal.

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Em despacho àquela altura, o ministro analisou que o ex-presidente cometeu a irregularidade, mas entendeu que o caráter dela era “isolado”, e, portanto, deu a ele uma espécie de segunda chance. Agora, Moraes avaliou que Bolsonaro ignorou e desrespeitou o Supremo Tribunal Federal ao participar das manifestações nesse domingo (3/8) por ligações de vídeo e usou das redes sociais de aliados, entre eles o próprio filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para burlar a proibição de acesso às plataformas digitais.

Em referência discreta ao alerta dado a Bolsonaro, o minsitro repete uma citação descrita no despacho do dia 24. “Conforme tenho afirmado reiteradamente, a justiça é cega, mas não é tola”, expôs. “A Justiça não permitirá que um réu a faça de tola, achando que ficará impune por ter poder político e econômico. A Justiça é igual para todos. O réu que descumpre deliberadamente as medidas cautelares, pela segunda vez, deve sofrer as consequências legais”, acrescentou.

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Moraes cita em mais de um trecho da decisão que a conduta de Bolsonaro ao recorrer às redes sociais burlando as medidas cautelares não é inédita e indica que a prisão, agora decretada, é uma resposta ao descumprimento. “Em face do reiterado descumprimento das medidas cautelares impostas anteriormente decreto a prisão domiciliar de Jair Messias Bolsonaro”, impõe.

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