“Eu vi uma revoada de jacamim”, diz deputado sobre reação de governador e prefeito em relação a casas do Minha Casa Minha Vida

Em seu discurso na Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 28, o deputado estadual Edvaldo Magalhães destacou a decisão política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de construir no Acre mais de 1.600 casas populares pelo Programa Minha Casa Minha Vida.

O deputado referiu-se à falta de reconhecimento por parte do governo do Acre e da prefeitura de Rio Branco como uma “revoada de jacamim,” utilizando a metáfora do pássaro conhecido por criar e usurpar filhotes de outras aves, indicando a falta de atribuição das casas ao Programa Federal em vez de projetos locais. Ele ressaltou a ausência desse reconhecimento por parte do prefeito Tião Bocalom e do governador Gladson Cameli.

“Fiquei impressionado com o anúncio do programa e com o fenômeno natural que ocorreu no estado do Acre, porque aconteceu uma revoada. Não eram os voos dos jaburus, achei que era uma revoada de patos do mato, mas ao olhar melhor, percebi que eram jacamins. Todos conhecem a vocação dos jacamins. O secretário de Habitação dá uma entrevista e diz: conseguimos 1.600 casas para o Acre. O prefeito faz o mesmo. O governador, o jacamim-mor, grava um vídeo e o máximo que pode dizer é que ‘foram atendidos os nossos pedidos’. O governo Bolsonaro encerrou o Programa Minha Casa Minha Vida. Quantas casas vieram para o Acre durante o governo de Jair Bolsonaro? Zero. Quantas casas o governador Gladson Cameli construiu? Zero. Opa, me desculpem, construiu uma, aqui do lado, por R$ 700 mil, a Casa do Papai Noel”, lembrou.

Edvaldo Magalhães apontou a falta de honestidade política ao afirmar. “Falta honestidade política para dizer: ‘agora o presidente Lula estende a mão para reduzir o déficit habitacional’. É preciso ter coragem para dizer as coisas de forma correta, à luz do sol, que houve uma decisão do presidente da República, algo de que se envergonham de reconhecer.”