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POLÍTICA

Ex-assessor do TSE é indiciado pela Polícia Federal por vazamento de mensagens de Moraes

Publicado em

Foto: @eduatagliaferro no Instagram / Estadão

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quarta-feira (2), Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por violação de sigilo funcional com prejuízo à administração pública. A investigação apurou o vazamento de conversas entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e integrantes do TSE e do STF.

O inquérito, conduzido pela PF, será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se formaliza uma denúncia contra Tagliaferro. Segundo relatório divulgado pelo Conexão GloboNews, o ex-assessor teria compartilhado informações sigilosas de maneira deliberada enquanto atuava na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE.

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Durante a apuração, a PF coletou documentos, depoimentos e dados obtidos por meio da quebra de sigilo telemático. De acordo com as investigações, Tagliaferro teria informado à esposa, em abril de 2024, que repassou informações a um jornalista da Folha de S.Paulo. Para os investigadores, esse fato confirma que ele divulgou conteúdos restritos obtidos no exercício da função.

O relatório da PF indica que o vazamento tinha como objetivo questionar a imparcialidade de Moraes e dificultar investigações relacionadas a organizações criminosas. Os investigadores apontam que a ação se insere em um cenário mais amplo de tentativas de desestabilização institucional.

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As mensagens divulgadas pela Folha de S.Paulo abrangem o período de agosto de 2022 a maio de 2023, quando Moraes presidia o TSE. Os diálogos ocorreram entre Tagliaferro e o juiz instrutor Airton Vieira, que integra o gabinete de Moraes no STF.

Em agosto de 2024, Moraes determinou a abertura de um inquérito para apurar o vazamento. Em sua decisão, o ministro classificou o caso como um possível indício da existência de uma rede organizada voltada a atacar as instituições democráticas.

Além disso, Moraes relacionou o episódio ao Inquérito das Fake News, conduzido pelo STF, mencionando a atuação de grupos que utilizam redes sociais para disseminar informações que fragilizam as instituições e incentivam um ambiente de instabilidade institucional. O ministro também apontou que tais ações incluem tentativas de cassação de ministros e ameaças ao funcionamento do STF.

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