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POLÍTICA

Ex-primeira-dama da Argentina acusa Alberto Fernández de obrigá-la a abortar filho

Publicado em

A ex-primeira-dama da Argentina Fabiola Yañez acusou o ex-presidente Alberto Fernández de ter obrigado ela a abortar um filho. As declarações foram apresentadas na segunda-feira, 12, em um tribunal em Madri, segundo o jornal La Nacion.

De acordo com a publicação, o aborto foi no início do relacionamento, antes dos dois se comprometerem em 2016. Em um documento de 18 páginas, ela fala de “violência reprodutiva” e diz que o ex-presidente teve uma péssima reação ao saber da gravidez. “Temos que resolver isso. Você tem que abortar”, falou ele, de acordo com Fabiola.

“Era tal a sua perversão que ele disse ao filho [Estanislao] que eu estava grávida, para depois me responsabilizar pelo aborto”, afirmou ainda a ex-primeira-dama em outro trecho.

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Fabiola também relatou que durante outra gravidez levou chutes em seu estômago. A Justiça não descarta que, em 2021, tenha ocorrido outra perda de gravidez — ela ainda não se pronunciou sobre isso.

“Comecei a sentir os primeiros sintomas da gravidez e nem pude comentar, porque para ele não existíamos, nem eu nem esse bebê. E aí caí em talvez uma das formas mais graves de violência, a reprodutiva, já que, através de suas ações e até mesmo suas omissões (silêncio, abandono, desprezo, reproches), foi minando minha autoestima, minha autonomia”, escreveu a ex-primeira-dama.

Denúncia

No último dia 6, Fabiola denunciou o ex-marido por violência física e assédio durante uma videoconferência com o juiz federal Julián Ercolini, que ordenou medidas de proteção para a ex-primeira-dama. Fotos divulgadas pela imprensa mostram os hematomas no rosto e outras partes do corpo dela.

Em entrevista ao Infobae, ela expressou receio pela sua segurança. “Tenho que me resguardar, tenho medo. Durante dois meses ele me ameaçou dia sim, dia não, dizendo que se eu fizesse isso, se fizesse aquilo, ele se suicidaria”, contou.

Em comunicado feito nas redes sociais, Fernández negou as acusações de Fabiola. “Quero expressar que a verdade dos fatos é diferente. Só vou dizer que é falso e que o que ela agora me acusa nunca aconteceu”, escreveu.

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“Pela integridade dos meus filhos, minha e também da própria Fabiola, não vou fazer declarações à imprensa, mas vou fornecer as provas e testemunhos à Justiça que mostrarão o que realmente aconteceu”, acrescentou.

Em caso de violência contra a mulher, denuncie

Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180).Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.

 

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