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POLÍTICA

Fabio Wajngarten diz que Bolsonaro irá entregar passaporte; PF deu 24 horas

Publicado em

O advogado de Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, afirmou nesta quinta-feira, 8, que o ex-presidente irá entregar seu passaporte às autoridades. Bolsonaro é alvo da Operação Tempus Veritatis, e a Polícia Federal deu 24h para que ele entregue o documento.

A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação nesta manhã, mirando aliados militares ou políticos do ex-presidente. “Saí do governo há mais de um ano e sigo sofrendo uma perseguição implacável”, comentou Jair Bolsonaro à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. “Me esqueçam, já tem outro governando o País”, completou.

A investigação

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A operação batizada de Tempus Veritatis investiga organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder.

“Nesta fase, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”, explica a PF.

“O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”, diz a corporação.

“O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível”, acrescenta.

Os fatos investigados configuram, em tese, os seguintes crimes:

organização criminosa;
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado.

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Entre os alvos de buscas, como confirmado pelo Terra, estão o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno e ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Foram presos na operação Filipe Martins (ex-assessor especial de Bolsonaro), Marcelo Câmara (coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família do es-presidente), Rafael Martins (major das Forças Especiais do Exército) e Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do Exército).

Ao todo, são cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

As medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrem nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.

 

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