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POLÍTICA

Flávio Bolsonaro diz que pediu desculpa para Michelle após crise por Ciro Gomes: ‘Não vai se repetir’

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Flávio Bolsonaro critica divulgação de vídeo da tornozeleira: ‘ignorou provas’. Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

O senador Flávio Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira, 2, ter pedido desculpas para Michelle Bolsonaro, sua madrasta, após o atrito que tiveram por ela ter reprovado publicamente a aproximação entre o PL do Ceará e o ex-governador Ciro Gomes (PSDB).

Ele esteve na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília (PF), nesta manhã para visitar o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A jornalistas, ele esclareceu que conversou com o pai sobre a crise que envolve o suposto apoio do partido à candidatura de Ciro.

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“Ele não consegue acompanhar muito, porque nesse cubículo que ele está, de 12 metros quadrados, até tem uma televisão, mas só consegue acompanhar a TV aberta. Então, eu expliquei para ele o que tinha acontecido, mas falei para ele que já me resolvi com a Michelle, pedi desculpas a ela, ela também”, afirmou.

Segundo o senador, haverá uma reunião nesta terça no PL para entender quais serão as próximas decisões tomadas em conjunto. Ele reforçou que não há nenhuma decisão tomada quanto ao apoio de candidatura no Ceará, assim como em outros estados.

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“Não tinha nenhuma decisão tomada, como [ainda]  não tem, e isso vai ser conversado entre a gente para depois o presidente Bolsonaro dar a palavra final, como eu sempre falei desde o início. O lado bom é que isso não vai se repetir e que a gente vai tomar decisões muito mais conscientes, ouvindo mais pessoas e o presidente resolvendo no final e assim as chances de errar são menores”, declarou.

Ao ser questionado se houve apoio por parte de Bolsonaro com relação a Ciro, o parlamentar enfatizou que não teve nenhuma decisão concreta ainda, pois ainda estavam ocorrendo conversas.

“As pessoas precisam entender [isso]. porque daqui a pouco a imprensa vai falar que o ‘Bolsonaro volta atrás’. Não pode voltar atrás de algo que nunca foi. Os cenários vão ser decididos com ele [Bolsonaro]. De preferência, saindo da boca dele quais são as decisões, é isso que a gente vai trabalhar”, alegou.

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Flávio ainda destacou que não há nenhum problema com Michelle e fez vários elogios a postura da madrasta. Segundo ele, a ex-primeira-dama é uma “referência no país” e que tem uma imagem respeitada.

“[Ela] tem um papel muito importante nesse momento do Brasil, a gente vai estar junto, não adianta quererem separar. Divergências fazem parte e a gente vai sentar, conversar e alinhar em todos os estados, incluindo o Ceará”, reforçou.

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‘Respeito, mas penso diferente’

O atrito familiar ganhou proporção após Michelle reprovar publicamente a aproximação entre o partido e Ciro, durante o lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo-CE) ao governo do estado, movimento articulado pelo deputado federal André Fernandes (PL-CE).

As declarações de Michelle foram repudiadas pelos filhos de Bolsonaro. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nas redes sociais que a aproximação com Ciro teve aval do pai. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) repetiu os irmãos e classificou como “injusto e desrespeitoso” o tratamento dado por Michelle a André Fernandes.

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Mais cedo, Michelle Bolsonaro respondeu às críticas dos enteados em nota publicada nas redes sociais durante a madrugada. A ex-primeira dama afirmou respeitar a posição dos filhos de Bolsonaro, mas disse “pensar diferente” e ter o direito de externar sua opinião. “Vivemos tempos difíceis. É normal que os nervos fiquem à flor da pele e podemos vir a machucar aqueles a quem jamais gostaríamos de magoar”, escreveu.

A ex-primeira-dama manteve o tom crítico a Ciro Gomes, chamando o ex-governador de “raposa política”. Ela citou ofensas do político ao marido, como “ladrão de galinha” e “frouxo”, e classificou como inconciliável qualquer apoio a um adversário que, segundo ela, ajudou a consolidar a narrativa que rotulou Bolsonaro como “genocida”.

“Eu jamais poderia concordar em ceder o meu apoio à candidatura de um homem que tanto mal causou ao meu marido e à minha família”, afirmou. Para Michelle, a tentativa de derrotar o PT em 2026 exige coerência. “Ciro Gomes não é e nunca será de direita. Sempre será um perseguidor e um maledicente contra Bolsonaro”.

No texto, ela também pediu perdão aos enteados e disse não saber qual é a posição do ex-presidente sobre a aliança no Ceará. “Aqueles que defendem essa aliança são livres para continuar com ela, mas não deveriam me criticar por não aceitá-la. Eu tenho o direito de não aceitar isso, ainda que essa fosse a vontade do Jair”.

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