Três fotos encontradas no celular de uma delegada da Polícia Federal serviram de argumento para a prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.
Ele foi preso preventivamente nesta quarta-feira (9/8), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As investigações apuram o suposto uso da PRF para dificultar o voto de eleitores de Lula, principalmente no Nordeste, no segundo turno das eleições de 2022. As imagens encontradas pela PF no celular da delegada Marília Alencar apontam para o planejamento da ação.
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De acordo com a decisão de Moraes, a primeira imagem mostra “uma folha de papel na qual aparece um painel com o título ‘CONCENTRAÇÃO MAIOR OU IGUAL A 75% – LULA’”, com uma relação de nomes de cidades do Nordeste.
“Abaixo do título, há um mapa do Brasil e uma lista de municípios, trazendo uma tabela com cidades ordenadas, aparentemente, por ordem de concentração de votos no candidato ‘LULA’”, descreve a PF no documento.
As duas fotos seguintes são de telas de computador. Elas mostram listas de municípios de Goiás e Minas Gerais, relacionadas com percentuais e números de votos em Lula e Bolsonaro.
As três imagens, segundo a PF, foram tiradas no dia 17 de outubro de 2022, minutos antes de uma reunião de Silvinei Vasques com o então ministro da Justiça Anderson Torres.
“No dia seguinte às imagens em questão, 18/10/2022, às 15h26min, foi elaborado/modificado um arquivo Excel encontrado na área “Documentos” do aparelho telefone celular da DPF MARÍLIA, com o nome “BA _ ELEICOES _.xlsx”, com as· colunas “QTD EQUIPES”, “BASE’, “TOTAL DE ELEITORES” e “ALCANCE NO ESTADO”, indicando o possível alcance de eleitores pelas equipes da PRF, abrangidos pelas suas bases/pontos fixos, sendo que a outra aba do arquivo, nomeada “DETALHAMENTO”, especificava os municípios atendidos por cada base”, informa a PF ao ministro Alexandre de Moraes.
Silvinei Vasques foi preso em Florianópolis e transferido para Brasília em uma avião da PF. As investigações tiveram início em novembro do ano passado, a pedido do Ministério Público Federal (MPF)
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