O general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), tem dito a aliados que a invasão do Planalto no 8 de janeiro tem o “DNA” do general Augusto Heleno, que comandou o ministério durante todo o governo Bolsonaro. Na última semana, G. Dias deixou a pasta depois de ter aparecido caminhando ao lado de invasores durante os atos golpistas.
A pessoas próximas G. Dias tem dito que havia preparado uma longa lista de bolsonaristas que demitiria do GSI, mas não conseguiu executar a tarefa em cinco dias úteis, antes do 8 de janeiro. O general reforçou que teve seu gabinete transferido de surpresa, do quarto para o segundo andar do Planalto, o que atrasou sua gestão em comparação aos outros ministros palacianos.
Publicamente, Ricardo Cappelli, ministro interino do GSI, tem feito acenos a G. Dias. Cappelli vem adotando um argumento semelhante, de que o bolsonarista Heleno “sumiu” e entregou o ministério “avariado” para o ministro de Lula, a quem chama de vítima dos atos golpistas.