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POLÍTICA

GDias mentiu 11 vezes em depoimento à Polícia Federal

Publicado em

À frente do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula no 8 de Janeiro, Gonçalves Dias (GDias) mentiu onze vezes em depoimento à Polícia Federal. Tentando se livrar da culpa pela invasão ao Palácio do Planalto, tentou induzir os investigadores a erro. A análise da oitiva não deixa dúvidas: GDias é um mentiroso contumaz.

A mentira mais descarada é que não sabia de protestos radicais previstos para o dia 8. Como a coluna mostrou, o próprio GDias enviou à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em 6 de janeiro, uma convocação em “grupos patriotas” para o fechamento dos Três Poderes.

GDias também mentiu ao dizer que não tinha conhecimento se a Abin monitorava o acampamento em frente ao QG do Exército na véspera das invasões. Havia monitoramento. E GDias recebia atualizações constantes em seu celular pessoal.

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Mentiu ao alegar não ter ordenado monitoramento das manifestações. Ele próprio enviou ao diretor da Abin, Saulo Moura, mensagens sobre o risco das manifestações. Saulo, por sua vez, disse que prosseguiria com os relatórios.

GDias mentiu ao dizer não ter recebido relatório sobre o aumento de fluxo de ônibus em Brasília. Um relatório exatamente com essas informações foi enviado ao então GSI na manhã de 7 de janeiro.

Mentiu ao afirmar que só teve conhecimento dos alertas enviados pela Abin quando elas foram enviadas ao Senado. Como já mostrado, GDias recebeu os relatórios e pediu à Abin excluísse seu nome da lista de autoridades avisadas.

GDias mentiu ao dizer que nessas mensagens não havia informações relevantes. Já no dia 6 de janeiro, dois dias antes das invasões, a Abin ressaltava o risco de manifestantes armados e “ações violentas contra edifícios públicos e autoridades” nos Três Poderes.

Mentiu ao afirmar que “recebeu vários relatórios da Abin, mas nenhum sobre manifestações”. Praticamente todos os relatórios que recebia da agência eram sobre manifestações.

O celular de GDias

GDias mentiu ao alegar que, para proteger o Palácio do Planalto, acionou o Plano Escudo, protocolo de defesa do edifício adotado em situações de risco. Como mostrou a coluna, o plano foi ignorado pelo GSI. A ordem para acioná-lo foi dada apenas após a invasão, o que o tornou inexequível.

Mentiu ao dizer não saber se os informes da Abin levavam em conta dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). No dia sete de janeiro, o relatório enviado pela agência ao celular de GDias informava:

“Conforme a ANTT, houve aumento do número de fretamentos de ônibus com destino a Brasília para este final de semana. Há um total de 105 ônibus, com cerca de 3.900 passageiros”.

Mentiu, por fim, ao dizer que “o acompanhamento dos movimentos são de atribuição do Ministério da Justiça, da Defesa e da Secretaria de Segurança Pública”. Subordinada ao GSI, a Abin tem como função principal investigar ameaças ao Estado Democrático de Direito e à soberania nacional.

Todas as mentiras ditas por GDias à Polícia Federal, em abril, são facilmente comprováveis.

No depoimento desta quinta-feira (31/8) na CPMI do 8 de Janeiro, a oposição questionará se GDias mentiu em mais um ponto específico. Quando disse à PF que “não recebeu orientações ou ordens de superiores militares ou agentes políticos para tolerar esses grupos de manifestantes”.

Diante desse contexto, uma comissão parlamentar que se leve a sério, com o intuito de investigar todos os lados, não pode deixar de requerer acesso às informações contidas no celular de GDias. Já se sabe que o que ele diz não se escreve.

Se o celular do ex-diretor da Abin foi importante para elucidar parte do que aconteceu no 8 de Janeiro, imagine o do ex-GSI. A decisão de pautar a requisição do celular de GDias cabe ao presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia.

Mentiu ao afirmar que “recebeu vários relatórios da Abin, mas nenhum sobre manifestações”. Praticamente todos os relatórios que recebia da agência eram sobre manifestações.

O celular de GDias

GDias mentiu ao alegar que, para proteger o Palácio do Planalto, acionou o Plano Escudo, protocolo de defesa do edifício adotado em situações de risco. Como mostrou a coluna, o plano foi ignorado pelo GSI. A ordem para acioná-lo foi dada apenas após a invasão, o que o tornou inexequível.

Mentiu ao dizer não saber se os informes da Abin levavam em conta dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). No dia sete de janeiro, o relatório enviado pela agência ao celular de GDias informava:

“Conforme a ANTT, houve aumento do número de fretamentos de ônibus com destino a Brasília para este final de semana. Há um total de 105 ônibus, com cerca de 3.900 passageiros”.

Mentiu, por fim, ao dizer que “o acompanhamento dos movimentos são de atribuição do Ministério da Justiça, da Defesa e da Secretaria de Segurança Pública”. Subordinada ao GSI, a Abin tem como função principal investigar ameaças ao Estado Democrático de Direito e à soberania nacional.

Todas as mentiras ditas por GDias à Polícia Federal, em abril, são facilmente comprováveis.

No depoimento desta quinta-feira (31/8) na CPMI do 8 de Janeiro, a oposição questionará se GDias mentiu em mais um ponto específico. Quando disse à PF que “não recebeu orientações ou ordens de superiores militares ou agentes políticos para tolerar esses grupos de manifestantes”.

Diante desse contexto, uma comissão parlamentar que se leve a sério, com o intuito de investigar todos os lados, não pode deixar de requerer acesso às informações contidas no celular de GDias. Já se sabe que o que ele diz não se escreve.

Se o celular do ex-diretor da Abin foi importante para elucidar parte do que aconteceu no 8 de Janeiro, imagine o do ex-GSI. A decisão de pautar a requisição do celular de GDias cabe ao presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia.

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