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POLÍTICA

Guillain-Barré: prefeito diz que doença não altera vida social na fronteira com o Acre

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Fronteira do Brasil com o Peru pelo Acre, na cidade de Assis Brasil/Foto: Reprodução

Apesar do decreto de emergência de saúde no Peru por causa de uma síndrome Guillain-Barré, que vem atingindo o país que faz fronteira com o Brasil através do Estado do Acre, o movimento na região fronteiriça é tranquila e como se nada estivesse acontecendo. Foi o que revelou o prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia (Sem-Partido), ao confirmar que seu município não recebeu nenhum tipo de orientação das autoridades de saúde do Brasil e do Peru.

Sindrome de Guillain-Barré age no sistema nervoso/Reprodução

Assis Brasil faz fronteira com a cidade peruana de Inapari, que faz parte do Departamento de Madre Dios, na fronteira da Amazônia peruana e uma das regiões atingidas pelo decreto de emergência em saúde do Peru. “Até agora, não me avisaram de nada”, disse o prefeito.

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Na região, o contato físico e social entre brasileiros e peruanos é muito comum, o que preocupa autoridades de saúde no Brasil, segundo revelou, em suas redes sociais, o médico infectologista Tião Viana, que foi governador do Acre no período de 2011 a 2018 e que hoje vive em Brasília. Viana lembrou que autoridades peruanas decretaram situação de “emergência na saúde” após o registro de pelo menos três dezenas de mortes pela doença. O Peru confirmou quatro mortes e 182 casos da doença, somente neste ano.

Tião Viana disse que a doença é causada pelo vírus da Poliomielite e tem relação com a baixa cobertura vacinal no Peru. A região mais atingida no Peru é a de Loreto, departamento localizado no nordeste do país, na área da Amazônia peruana.

No decreto de emergência sobre a doença, o governo peruano esclarece que a doença não é transmissível de pessoa para pessoa e frisou que o turismo não deve sofrer impactos, segundo o Ministério da Saúde do Peru. O documento manifesta preocupação em relação a uma das principais indústrias do país, a do turismo.

O Ministério da Saúde do Brasil emitiu documento afirmando que a probabilidade de um surto no país é baixa. A incidência no Brasil é de um a quatro casos a cada grupo de 100 mil habitantes, com idades entre 20 e 40 anos. O governo brasileiro faz um monitoramento da doença por meio de registro de internações e atendimentos hospitalares.

As autoridades de saúde do Brasil alertam que a síndrome Guillain-Barré é uma doença autoimune, levando o próprio sistema de defesa do paciente atacar frações do sistema nervoso que conectam o cérebro com outras partes do corpo. É uma doença rara e se manifesta como uma fraqueza muscular que surge em um período de duas a quatro semanas e pode afetar também o sistema respiratório, avançando aos poucos. Um dos principais sintomas é o formigamento e a falta de força nas extremidades. As pessoas também podem ter sonolência, confusão mental, tremores e fraqueza na maior parte das vezes.

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