POLÍTICA
Haddad anuncia ex-primeira-dama Lúcia França como vice para o governo de SP
Haddad tinha preferência pela ex-ministra Marina Silva (Rede) como sua vice, porém, ela anunciou recentemente a pré-candidatura à deputada federal por São Paulo e negou o convite. O nome de Marina poderia apaziguar o imbróglio entre PT e PSOL por indicações na chapa, já que os psolistas formam uma federação com a Rede.
Procurado pelo UOL, o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, disse que não está acompanhando a escolha para vice do PT, mas que a legenda mantém o apoio ao governo.
“A decisão do PSOL de apoiar o Haddad já está tomada. O PSOL vai apoiar o Haddad, vai indicar o primeiro suplente do Márcio França, que sou eu, e é isso. Não tem mais nenhum debate sobre esse tema não”, disse.
O candidato a vice-presidente de Lula e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), comemorou a decisão. Ele disse que Haddad estará “muito bem acompanhado” por Lúcia França.
“Uma chapa preparada para SP. Contem comigo!”, escreveu Alckmin no Twitter.
Pesquisa do Instituto Real Time Big Data realizada com entrevistas por telefone, contratada pela TV Record e divulgada nesta semana, mostra o ex-prefeito na liderança para o governo de São Paulo, com 33% das intenções de voto no principal cenário na pesquisa estimulada —quando o entrevistado recebe uma lista com os nomes dos pré-candidatos.
O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o governador Rodrigo Garcia (PSDB) aparecem com 20% e 19%, respectivamente. Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados.
Haddad é um dos nomes mais próximos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atualmente. O líder petista tem mantido como principais aliados na campanha deste ano aqueles que estiveram ao seu lado durante os 580 dias em que esteve preso em Curitiba (PR). Haddad, que assumiu a candidatura do PT à presidência em 2018 diante da impossibilidade de Lula concorrer, é um deles.
Ele tem acompanhado Lula em parte dos jantares reservados e fora da agenda que o ex-presidente mantém com empresários. Também articulou em sua casa, na última quarta-feira, um encontro do ex-presidente com reitores de universidades do Estado.