Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

POLÍTICA

Haddad diz que governo irá definir nesta terça medidas alternativas à MP do IOF

Publicado em

O ministro da Fazenda Fernando Haddad participou neste sábado, 18, de um encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os alunos da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), no Ginásio Adib Moysés Dib, em São Bernardo do Campo (SP). Foto: Wilton Junior/ Estadão / Estadão

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 21, que deve haver uma definição das alternativas à medida provisória que compensava a arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) até o início da tarde. Segundo ele, as equipes da Fazenda e da Casa Civil estão reunidas para fechar uma solução e um possível anúncio dessas medidas independe de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estar no Brasil. O chefe do Executivo viaja nesta terça para a Malásia.

Segundo Haddad, é preciso equacionar o Orçamento e levar ao Congresso as soluções. Ele afirmou que os presidentes da Câmara e do Senado já estão cientes que será preciso aprovar medidas para compensar a perda da MP alternativa ao aumento do IOF. Na segunda, Haddad se reuniu com Lula, ministros e líderes para discutir o tema no Palácio do Planalto.

“A Casa Civil e a Fazenda estão se reunindo hoje (terça) para nós processarmos aquilo que foi discutido com os líderes e até o começo da tarde nós vamos ter uma definição do que fazer”, afirmou ele, dizendo que essa definição é sobre tudo que envolve o Orçamento, inclusive a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Haddad disse que é preciso resolver tudo ainda neste ano para evitar qualquer “percalço” para o próximo ano, em que há eleições. Questionado sobre se há dependência da volta de Lula ao Brasil para anunciar essas medidas, o ministro negou haver qualquer relação, indicando que qualquer anúncio pode sair mesmo durante a viagem do petista à Malásia.

Centro da meta

Haddad disse que o governo já provou que busca o centro da meta fiscal. O Tribunal de Contas da União emitiu alerta sobre o governo não contingenciar o Orçamento visando o centro da meta e não o piso como tem sido feito desde a aprovação do arcabouço fiscal.

“Eu já falei que a Fazenda já provou que busca o centro. Uma coisa é você engessar a execução orçamentária, outra coisa é você não se comprometer com o centro da meta. No ano passado, nós tínhamos espaço para investir R$ 20 bilhões a mais do que investimos e nós não usamos”, disse.

Segundo ele, é esse compromisso com a meta fiscal que permite que o Brasil cresça com baixo desemprego e com a inflação controlada.

“Queremos manter esse padrão. O padrão de crescer com baixo desemprego e baixa inflação. Esse é o sonho que todo ministro busca concretizar”, afirmou.

Haddad rebateu críticas que vem recebendo do presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Efraim Filho (União-PB), de que o governo precisa fazer corte de gastos para conseguir fechar as contas para o ano que vem sem a medida provisória alternativa à alta do IOF.

Segundo ele, o partido do senador é o que menos vota pautas de corte de gastos. Haddad afirmou ainda que o governo enviou ao Congresso medidas para controlar despesas, mas o Congresso não as vota.

“Ele próprio não vota. Ele reclama e não vota. O partido dele é o partido que menos vota proposta de corte de gastos”, disse.

 

Advertisement