Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou, nesta sexta-feira (17/3), que qualquer alteração no texto do novo arcabouço fiscal agora é com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “[A proposta] está na mão dele e a decisão é dele”, disse.
“A partir de agora, ele [Lula] que decide [sobre o arcabouço fiscal]. Tá na mão dele [Lula], e a decisão é dele [Lula]. A Fazenda cumpriu seu cronograma”, declarou.
O ministro da Fazenda vai se reunir com Lula nesta sexta, às 15h, no Palácio do Planalto, para debater os detalhes da nova regra de controle das despesas públicas. A ideia é que o governo bata o martelo sobre a proposta antes da viagem de Lula à China, marcada para 26 de março.
Continua depois da publicidade
Se aprovada pelo Congresso Nacional, a nova âncora fiscal substituirá a regra do teto de gastos, criada em 2017 com o objetivo de limitar o crescimento das despesas públicas. A estratégia da equipe econômica é criar uma norma que permita ao governo investir e pagar as despesas sem gerar um descontrole nas contas públicas.
Saiba mais: afinal, o que é o novo arcabouço fiscal e qual a importância dele?
Haddad deu algumas indicações sobre qual será o foco da proposta. Em entrevista à CNN, ele disse que a base do modelo não deve ser de controle da dívida, deixando implícito que as regras serão de controle de despesas.
“Queremos propor uma combinação de mecanismos de acompanhamento das contas públicas que dê um horizonte sustentável para o fiscal”, afirmou Haddad à emissora.
Os detalhes da proposta são mantidos em sigilo, mas o governo deve sugerir um mecanismo mais “complexo” que o atual. Além da inflação e do gasto total, a nova regra fiscal deve levar em conta fatores como o crescimento da economia e a trajetória da dívida pública, por exemplo.
Propaganda