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POLÍTICA

Jarude detona nomeação de esposa de Conselheiro do TCE e alerta para conflito de interesses

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Em entrevista explosiva nesta terça-feira, o deputado estadual Emerson Jarude (Novo) não poupou críticas à nomeação de Núbia Fernanda Greve de Musis, esposa do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Cristovam Messias, para o cargo de secretária adjunta do governo do Acre. O parlamentar classificou a medida como um “retrocesso institucional” e alertou para os riscos de comprometimento da independência entre as instituições.

Jarude questionou a lisura da nomeação, afirmando que ela evidencia o uso político de cargos públicos em detrimento das necessidades da população acreana. “Temos tantos funcionários públicos aguardando reajustes, concursados esperando por concursos, e o governo prioriza acomodar aliados políticos. É lamentável que a população pague essa conta”, disparou o deputado.

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O ponto central da crítica de Jarude reside na “relação umbilical” entre o governo e o TCE, órgão responsável por fiscalizar as contas do Estado. “Como o Tribunal de Contas poderá analisar as contas do governo com imparcialidade, se existe essa ligação tão próxima? A independência entre as instituições é fundamental para o bom funcionamento da democracia”, enfatizou.

O deputado questionou a justificativa técnica para a criação do cargo de secretária adjunta, levantando a suspeita de que a nomeação tenha motivações políticas. “O contexto é estranho, principalmente diante da crise econômica e das restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal. Parece que forçaram uma situação para abrigar alguém politicamente”, acusou Jarude.

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Cético quanto à possibilidade de o caso ser investigado pelo próprio TCE, Jarude apelou para a consciência dos conselheiros. “Não adianta levar o caso para lá, já sabemos o desfecho. É fundamental que os conselheiros se reúnam e evitem esse tipo de relação que compromete a credibilidade do Tribunal”, declarou.

Por fim, Jarude reafirmou o compromisso da Assembleia Legislativa com a fiscalização dos recursos públicos e defendeu a urgente necessidade de se restabelecer a independência entre os poderes. “O Tribunal de Contas é um parceiro importante na fiscalização, mas é preciso que essa situação seja revista para garantir a lisura e a transparência na gestão pública”, concluiu o deputado.

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