Biden defendeu que, há um ano, quando a Rússia invadiu o território vizinho, não era apenas a Ucrânia que estava sendo testada. “O mundo inteiro enfrentou um teste eterno”. O líder norte-americano acrescentou que “a Europa estava sendo testada. A América estava sendo testada. A Otan estava sendo testada”.
“Um ditador nunca será capaz de retirar o amor das pessoas pela liberdade. Não, a Ucrânia jamais será uma vitória para a Rússia”, prometeu Biden, fortemente aplaudido.
O discurso ocorreu horas depois de Putin fazer um discurso no Parlamento russo, reforçando a retórica de que a Ucrânia é controlada por aliados no Ocidente. Ele também atacou as nações ocidentais e as responsabilizou pela guerra no leste europeu.
Apoio “inabalável”
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, prometeu enviar reforço significativo de armamento à Ucrânia e uma nova rodada de sanções à Rússia, durante visita surpresa à Kiev nesta segunda-feira (20/2).
Em nota, o líder norte-americano informou que o objetivo da viagem é “reafirmar o compromisso inabalável com a democracia, soberania e integridade territorial da Ucrânia”, às vésperas do marco de um ano de conflito no leste europeu, na próxima sexta-feira (24/2).
“Anunciarei outra entrega de equipamento crítico, incluindo munição de artilharia, sistemas antiblindados e radares de vigilância aérea para ajudar a proteger o povo ucraniano de bombardeios aéreos”, escreveu Biden, em comunicado compartilhado pela Casa Branca.
Suspensão de acordo nuclear
Durante discurso no Parlamento, o presidente Vladimir Putin anunciou, nesta terça-feira (21/2), que a Rússia suspendeu a participação no novo tratado Start, único acordo de controle nuclear remanescente entre Estados Unidos e Rússia. O texto limita os arsenais nucleares estratégicos de ambos os lados.
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“Nesse sentido, sou forçado a anunciar hoje que a Rússia está suspendendo sua participação no tratado estratégico de armas ofensivas”, disse Putin a parlamentares em pronunciamento emblemático.
O Tratado Start foi assinado na República Tcheca em 2010. Ele foi prorrogado até fevereiro de 2026, logo após a posse do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em 2021.
O acordo limita o número de armas nucleares estratégicas que os EUA e a Rússia podem produzir, bem como controla a implementação de mísseis e bombardeiros terrestres e submarinos para lançá-los.